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sábado, 18 de março de 2017

Alguns filmes psicodélicos



“Em estado alucinógeno temos a impressão indubitável de que a linguagem possui uma dimensão objetificada e visível, que geralmente está oculta de nossa consciência. Sob tais condições, a linguagem é vista apresentada — exatamente como veríamos comumente nossas casas e nosso ambiente comum. De fato, durante a experiência do estado alterado nosso ambiente cultural normal é corretamente reconhecido como o som de contrabaixo no contínuo ofício linguístico de objetificar a imaginação. Em outras palavras, ambiente cultural coletivamente projetado, onde todos vivemos, é a objetificação de nossa intenção linguística coletiva.”

Terence Mckenna.


Alexgray.com




Naked Lunch






Dirigido por David Cronenberg o filme é uma adaptação do livro homônimo de William S. Burroughs. Insetos, drogas, Interzone, Beats e todo o universo cronenberguiano.


John Morre no Final





Filme independente cheio de humor e bizarrices. Novas drogas, invasões e diversão garantida. Acredito que este filme ainda esteja na Netflix.


Performance






Filme de 1970 com Mick Jagger em sua primeira aparição nos cinemas. Identidades, cultura hippie e uma das melhores cenas finais de um filme. Simplesmente lisérgico.

( π) Pi





Antes de Réquiem para um sonho, Darren Aronofsky havia debutado com esse simbólico filme. Conspirações, enigmas matemáticos e loucura.

Manual de Evasão LX94







Terence McKenna, Robert Anton Wilson e Rudy Rucker juntos (whats!!!) neste filme experimental português dirigido por Edgar Pêra. No Youtube você o encontra.




Thiago Mendes

quarta-feira, 8 de março de 2017

Aioeu






Meu primeiro amigo 
foi eu mesmo.
Escondido escuro e tranquilo. 
Subterrâneo dos meus pensamentos.
Emergindo; 
Emergências;
Solitárias
dos anos passados.
Ainda hoje, 
se comunicando por sinais e símbolos.
Cômodos vazios.

Incômodos vizinhos.
Meu amigo.

Eu amigo.



Thiago Mendes

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Brasil travestido e esquecido



Reprodução Internet: Henry Darger




Brasil travestido.

Esquecido.

Espancado.

Rotulado em cada estação.

Assombrado país.

Jornais.

Heróis.

Sujando de sangue as notícias.

Vendidas.

Rotuladas.

Tragadas no dia a dia.

Esquecidas em cada esquina.

Assombrando nos.

Como fantasmas de tinta.

Manchando a terra.

e nossas vidas.

Thiago Mendes

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Medo






As pessoas estão com medo.

O medo está nas pessoas.


Devo.


Medo.


Tenho medo.


Mantra.


Roendo seus pequenos corações.


As pessoas estão com medo.


Vejo.


Suas almas acizentadas.


As pessoas estão com medo.


Nas ruas.


Bares.


Lares.


Esposas & Maridos.


Filhos.


Adultos medo crianças medo idosos.


Medrosos de suas pernas.


Assombradas nas esquinas.


No meio do caminho há o medo.



Link da imagem

Plaz Mendes

domingo, 4 de dezembro de 2016

Samba





Somos as escolas de samba passeando na avenida da vida.

Alguns tem luxo.

Outros não.

Nem por isso são lixo.

Todos com um enredo.

Uma história.

E de historias em historias nós fazemos arte.

Nosso estandarte é bordado com amor.

Ritmo no coração 

e humor no pé.

Abre alas que nós estamos dançando.

Rindo pelos cotovelos.

Nosso animal espiritual.

Canta encanta sonha & samba.

Girando nessa ciranda mágica.

Ouçam seus corpos.

Liberem as mentes.

Nossa música está tocando na sua esquina.

batendo em sua porta.



É hora da alegria!





Thiago Mendes

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Hipopótamo #13


As outras pegadas você encontra aqui









05:49



Não pensem que diante de luzes, musicas repetidas, gente bonita, big brother, panis et circense, cores, paz e muito sexo. A felicidade reduzida a doces, balas, o êxtase do prazer, o ecstasy da vida. Sim, caros amigos. Também passei pelas pílulas coloridas detentoras da verdade, marcas, nike, volks, super, smile...Estilo nunca faltou aos jovens. Se acaso com desdém aparento é por razão típica.

Um jovem do meu porte, patrocínio da libido e das batatas gordurosas. Ficar horas batendo o pé sempre pareceu montanha-russa.

Odeio esse brinquedo.

Não nego por virtude que durante a curta participação nesse meio, exatamente duas festas.

A festa da paz e amor;

Que acabou com a polícia invadindo o local, uma fazenda distante o bastante para enforcar alguém. Contudo o problema não vinha da KKK, mas sim de uma jovem intoxicada sendo estuprada por três moleques, e alguns casais trepando numa piscina. Na qual fiquei dançando meia hora até notar que o pessoal sumiu e que estava completamente molhado, mas sem nenhuma vadia chupando-me. Encontrei uns seguranças poucos profissionais, com a mesma idade. Jovens que pagavam sua faculdade ou vícios através da porrada em outros jovens, pequenos furtos, tudo em nome da ordem. Ofereceram-me um pouco de erva, aceitei, em seguida apaguei. Ao acordar noto a falta da carteira.

Alegria eletrônica;

Encontrava-me sozinho e dopado, como sempre!

Bicicletas, especiais, placebos?

Apesar do movimento constante das luzes, do pirulito na boca, passei a maior parte do tempo vomitando nos cantos ou nos sugestivos banheiros públicos. Sem esquecer o "eu te amo" como se fosse bom dia vindo de qualquer desconhecido como hippies do futuro, alguns pareciam vindos do passado mesmo. Assim terminaria minha presença na nova boate do século moderno. Lembrei da Sound e sua heroína, da Bunker e sua tequila. Tudo bem a turma não gostava desse meio artificial, mesmo que no fundo apenas sejam os loucos espelhos refletindo a nós mesmo. A nossa geração consumista. Que seja nunca gostei dos hippies, talvez das suas drogas!



02:27



Diante de um livro onde a personagem principal está cheio de obsessões não resolvidas por drogas, terapeuta, grupo, choques. Aceita o desafio improvável de ir para a Índia meditar num templo que oferece como comercial acabar com todos seus problemas, ao menos os piores.

Meditação?

Será que necessito disto para esquecer K da minha cabeça e da cueca?

Afinal por que aquilo naquela noite, visto que houve outras em que estávamos sozinhos e chapados.

Penso nisso enquanto aperto um baseado e noto surpreendentemente a falta de tranquilidade, ansiedade que me encontro.

Nunca a meditar algo.

O todo da sua beleza.

AMPHTA, ON, RA.

Shala goooooo, sei lá.

Meditação na concepção é apenas alcançada com uma boa masturbação e olha que o banheiro tem bastantes lutas num dia, e tenho dito.

Uma frase ecoa na cabeça;

Platão já dizia o amor está em quem ama e não em quem é amado.



16:08



Desperto no meio de um suposto vazio campo. Suponho ver amigos e areia entre um piscar e outro dos olhos.

_ Se acaso tudo gira, em que circulo estamos hipopótamo?

Ele sorri dando voltas e levantando muita poeira das estrelas. As bocas dos conhecidos reclamam do fim do mundo anunciado pelo mapa astral, ou pelo limite encontrado dele, deixe com Deus os números na cabeça cansam demais.

"Não fomos criados para sermos máquinas de calcular."

Aceita sua vida?

_ Devo aceitá-la, fitando o animal?

Sim, ab aeterno.

"Não somos cálculos renais"

_ Tu não acha que anda lendo Niet demais? Quer ser meu Zaratustra?

E subo no seu colo.

"Os animais são seres ou propriedades?"

_Vai levar-me para ver o passado, presente e futuro como Brás?

Não tolo, tu és muito pesado, levo-o ao presente!

"Somos animais ou máquinas?"

Acordo no trem em meio a gemidos de Sexmachine com um provável sonho erótico. Um barulho, apito, anuncia a chegada do destino.

Será o fim ou o começo?

Não consigo escutar o hipo que livre corre na paisagem.

Não é uma propriedade!

Não é uma máquina!

Quer ser livre!

Malditas janelas!






quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Oração





Carregue um Deus bondoso contigo.
Pode ser na alma.
No corpo.
Na carteira.
Carregue uma criança contigo.
no peito
nos ombros
No coração.
Reencante o sorriso
reaja com risadas.
Carregue poesia contigo.
No teclado,
nos sapatos,
nos beijos
nos atalhos.
Carregue aventura contigo.
Nas tristezas
alegrias.
Nas veias.
Reencante a vida.
Reaja com risadas.

Thiago Mendes

sábado, 29 de outubro de 2016

Hipopótamo #11





Capitulo I



Na minha juventude meu avô vivia sempre a dizer que uma guerra servia para limpar restos/corpos das vitimas. Um crime como se referia o boxeador, e nunca daria honras a uma pessoa, imagina a um pombo.

Mas.


A primeira guerra mundial desencadeada pela morte de um príncipe, relatos nas letras postas nos livros, e durante três anos os aliados, os bons ou como vovô preferia:


_ O nosso lado!


Que perdia de vento em poupa, eis que numa inédita decisão o vento bateu asas, as nossas, e fomos convocados para a guerra, os chamados:


Pombos correios.


Que durante o espetáculo sangrento tentavam as turras consertarem a perda das comunicações, graças a nós, elas voltaram ao normal, pelo menos ao de uma batalha.


Carnificina foi ver quantos pombos perderam as asas ou pior suas vidas por causa de um pequeno nome. Graças a uma fofoca que encerrou a guerra dando a vitória aos aliados. Campo cheio de dejetos, nada de batatas.


Aos vencidos: mortos...


Ao meu jovem avô sobrevivente que conseguira entregar a ultima e mais importante noticia.Seus amigos mortos.


Ao vencedor: uma medalha de honra ao mérito.A fofoca circulava contendo o intimo segredo dos inimigos.Ao perdedor: sujas roupas de baixo.


Durante o tempo de recesso vovô pode construir uma família. O dinheiro trouxe ao seu filho conforto, meu futuro papai.Viviam bem para pombos. Avô tenente do ar.


Mais...


19:00


Do cemitério ao casamento foi tudo tão rápido que quase não consigo ar ao descrever os atos. Os fatos expostos são que casei com a vizinha depois de nossa transa/imaginação. Uma única noite de sexo arrematada com uma ligação para o resto das nossas vidas (assim pensei triste) rotineiras. Obrigação desenvolvida pela boca dos crentes, irmãos, vizinhos enxeridos, família reunida... Merecia o flagelo por possuí-la?


Em que maldita trama havia caído?


Ganhei a benção da igreja, dinheiro, roupas, padrinhos parasitas, madrinhas safadas com seus corpos mofados.


Encontrei o garoto de cabelo vermelho numa festa, formatura da faculdade que perdera há muito.


Entre mortes e sumiços, catequese e índios deu-me a chave da liberdade.


_ Viúva, logo não pode casar de novo.


Agradeci a seu conselho, ele despediu-se com passagem comprada para Holanda junto a sua namorada;


Valentina.


Não era a mesma garota dos lindos lábios.


Cuspi nos meus irmãos tudo, casada, viúva, luto, ia contra nossa igreja, deus castigaria, o diabo sorria.Atônitos eles foram conversar com ela.


Alguns dias depois já estava casado com aquela mulher que se vestia como a bruxa do 71.


Nunca foi casada. O suposto marido fora inventado pela mãe dela para que a filha não tivesse relações com o diabo do homem.Sua mãe era de uma versão ortodoxa das nossas assembleias que foi extinta com os direitos das mulheres alcançados.


Uma geração unida:Sufragistas;Prostitutas;Donas de casas;Religiosas;Assistentes de escritório;Prostitutas;


Com o aumento de salário, camisinha, liberdade, aborto, nenhuma delas arranjou tempo para continuar o ensinamento da igreja da Eva pecadora.


Os ensinamentos pregam que Eva traiu a confiança de deus por que Adão não conseguia mais dar prazer a uma mulher e insistia em passar tempo demais com alguns animais.


O pecado original consistia numa mulher tendo prazer sem parceiro, ou alguém dúvida da imagem da cobra;


Um grande falo;Um consolo;Uma expulsão.Meninas ardentes de sexo reprimidas;


Uma delas, ao todo sobrou apenas vinte mulheres, a vossa esposa.Alguns sussurravam no meu ouvido que fizera a escolha certa. Isso não é bem uma escolha, fui escoltado para o altar!


_Apenas no caso de você desistir querido filho


Roxana reaparecia na trama ao lado de uma destruída Isabel aceitando a igreja e afirmando que o casamento pela primeira vez seria uma decisão certa, refleti que nem um gole de cerva tomara.Tudo ia sendo jogado no meu colo, carecia de vontade própria e aos poucos sentei nas cadeiras do trem, vagão dois, mais barato e assistia ao desenrolar daquela viagem sem a menor curiosidade. Assustado ficara sempre quando noto que não sei o destino dos trilhos, ainda.


E o hipopótamo corria rindo pelo caminho, meus pensamentos ficaram novamente em frangalhos ao notar que karol não aparecera no casório. Festinha onde me encontrava completamente sozinho, como no vagão olhando pela janela pressentindo que as coisas ficariam piores, e pioraram.


Check-up


Na habitual visita ao medico escutei de sua boca preenchida por dentes brancos.


_ Seu coração anda meio abatido;


-Lógico. Casei-me com uma estranha mulher com bizarros costumes religiosos/sexuais-


_você precisa procurar fazer mais exercícios;


-Ela não chupa doutor; nada de sexo oral -


_ Evite um pouco a gordura;


-Sei que sou gordo, mas tenho evitado os fast food -


_ Vista avermelhada.Hummm


Anda chorando?


Conjuntivite?-Chapado -


_ Foram notícias preocupantes, Alexandre?


Certamente, o coração não suporta as surpresas, sinto ainda amar uma mulher, que além de odiar-me. Parece que jamais a verei de novo.


_Como assim rapaz? Não sou psicólogo se vira!


-Nada de exame de próstata seu merda -


_Anda usando drogas?


Olha doutor você tem algum animal querendo sair do banheiro, tipo um hipo... Ele nem deixou completar a frase;


_Procure ajuda viciado;


Faz tempo que não fumava, dei apenas um tapinha;


O mesmo que levara da secretaria de saia curta e braços longos. Sai do hospital pronto para ser executado pelos ansiosos monkeys espaciais na saída.


Sim, porteiro. Fumei um pouco e comi um pedacinho do cogumelo, contudo possuo colírio e não fiquei gigante nem pequeno, todos ainda notam-me.


O homem parado na frente


Roberto.


Papai.


Hummm.


Percebi algo de estranho nesse senhor que gritava comigo e ai notei sua boca gritar por outra pessoa;


Como assim porteiro gay?


_ Sua mãe foi atropelada!!!


Stop.


Como?!


_ Encontra-se numa UTI e meu filho a situação é gravíssima.


Nunca sei o que ocorreu após a notícia, desmaiei pelo efeito da psilocibina ou adrenalina, meu coração anda fraco.


Odeio notícia surpresa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Mostra de filmes de animação chega à Niterói









Durante quatro dias Niterói será a capital da animação com a “AnimaNit – Mostra de Animação de Niterói”. Entre os dias 14 e 17 a cidade vai receber o melhor da animação nacional e internacional no auditório do Caminho Niemeyer, no centro da cidade. E o melhor de tudo, com entrada gratuita.



A abertura no dia 14, quarta-feira, às 18h, será com o documentário “Luz , Anima , Ação de Eduardo Calvet (de 2013)", que estará presente para um bate-papo com o público. O filme faz uma trajetória da animação brasileira desde o pioneiro “O Kaiser”, de Álvaro Marins (lançado em 1917) até o recente “Rio” (2011), de Carlos Saldanha, fazendo um mapeamento em quase um século de produções animadas. “Luz, Anima, Ação” conta com depoimentos de personalidades desta área, como Maurício de Souza, Otto Guerra e Chico Liberato. Exibido no Anima Mundi 2013 e no Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy 2014.







No dia 16 (sexta-feira), às 13h30, a sessão “Anima Educação/FME” trará animações feitas por professores e estudantes das escolas municipais de Niterói que participaram de cursos promovidos pela Assessoria de Mídias e Novas Tecnologias/FME e pelo Anima Escola. Uma oficina de animação (Stop Motion), promovida pela equipe da Assessoria de Mídias e Novas Tecnologias/FME, será oferecida ao público também no dia 16 (sexta-feira), das 14h30 às 17h30, em sala do Caminho Niemeyer. A inscrição pode ser feita por formulário no link: https://goo.gl/forms/15FIb6CDVudpYkzi1 e será por ordem de inscrição.



Mais informações na página do evento no Facebook: https://www.facebook.com/MostraAnimaNit



E confirme a sua presença no evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1755534408019226



Serviço:

AnimaNit – Mostra de Animação de Niterói

Local: Auditório do Caminho Niemeyer e Cúpula do Caminho Niemeyer (sessão “Videoclips de Animação”) – Rua Jornalista (atrás do Terminal Rodoviário)

Data: entre 14 e 17 de setembro

Horário: variados

Entrada gratuita

Estacionamento gratuito no local

Censura: Livre para as sessões Curtas Infantis e Homenagem a Winsor McCay e 12 anos para as demais sessões

Produção: Núcleo de Produção Digital de Niterói (NPD)/ Subsecretaria de Ciência e Tecnologia/Fundação Municipal de Educação (FME)

Apoio: Consulado Geral do Japão no Rio de Janeiro

Parceria: Assessoria de Mídias e Novas Tecnologias/FME

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Hipopótamo # 10






17:00



Com a ajuda de Jonas entrei rapidamente na família da comunidade. Larguei a hibernação do corpo e fui atrás da salvação da alma.

Todos me aceitavam e logo uma sensação feliz percorria meu ego. Nenhum deles reclamava das merdas que fizera durante toda passada vida. Experiência que preenchia um manual.

Amém!

Os pastores me usavam;

Não!

Instruíram-me para iluminar os caminhos dos drogados, suicidas, seres imprestáveis, excluídos pelas outras instituições.

Não para nós.

Somos uma grande família e você pode fazer parte.

Logo o dízimo soava razoável.

O fogo do inferno soprava insuportável.

Através de uma lavagem.

Não!

Limpeza espiritual para afastar espíritos malignos da mente.

Questionado;

_ Por ventura estaria vendo algo?

_Nada vi senhor.

Enquanto um hipopótamo desfilava pelo caro tapete vermelho posto ali no dia que um deputado apareceria.

- Tô odiando as aparições desse bicho -

Como Jesus largado na cruz pelo seu pai, pagando pelos crimes dos seus irmãos.

Igual com mamãe.

_ Cruzes você está louco meu filho?

Os esquecidos amigos!

Meus irmãos falavam que este tipo de atitude ocorria normalmente com os descrentes e logo ela veria a maravilhosa transformação da qual seu filho alcançara. Estar salvo, menos mal.

Meu papel na igreja estava bem esclarecido e acredite que aquele gordinho conversando com alguns jovens escolhidos unicamente pelo modo como se vestiam, é este que vós fala.

Sorrindo batia papo com essas meninas de cabelos coloridos com seus incríveis decotes.

_ Saia dessa vida menina!

Suas minissaias;

_ O mal espreita sempre!

Suas colegas rindo;

_ Muitos amigos são apenas uma má influência!

Elas ficavam mostrando os dentes rindo alto;

Eu baixinho.




18:00



Digo-vos descrentes que vi uma luz no fim do túnel. Mais ainda, no fundo do meu copo alcoólico. Lá, onde apenas existia o capeta com seus chifres 500 canais e sorriso dono de bar aceitamos fiado. Rindo das nossas dores de parto, fígado, cabeça, dentes... Meu senhor como é caro um bom dentista hoje em dia. Vossas televisões manchando a mente de sangue. Colocando suas filhas no caminho das messalinas, atrizes, minissaias, anticoncepcionais, decepciona ver uma criança carregando em vez de uma boneca, outra criança. Milhares de programas esvaziando qualquer oficina, o diabo agradece.

Os garotos sonhando com uma bola, cheirando uma cola, chupando uma rola, isso é algo normal pergunto a vocês?

O demônio espreita os caminhos fáceis, os mesmos que seus filhos logo seguirão. Jovens, por que sempre procuram facilidade, nesta idade.

Cartão de crédito sem limites;

Comidas de plástico;

Favores sexuais;

Amores artificiais;

Rejeitam todos aqueles que não se encaixam nos seus padrões de beleza e conduta.

Gordos;

Estranhos;

Deficientes;

Jovens;

Negros;

Excluídos;

Não somos todos legos;

Não seremos os brinquedos do diabo;

Não queremos ser postos de lado como cão velho pronto para o abate.

Contudo temos o sacrifício do filho;

O nosso pai celestial que não exclui ninguém;

Nem mesmo os necrófagos

&

Os padres pedófilos católicos romanos apóstolos;

Os ricos pastores das assembleias mercantis protestantes Deputados.

E com certeza não devemos esquecer-nos dos inocentes índios;

Eles não sabem de nada;

São uns bobos;

Perdoai a todos;

Amém.




Descanse em paz




_ Viu alguma coisa?

_ Não senhor.

_ Ele estava envolvido com drogas ou qualquer coisa do gênero?

_ Que eu saiba não!

_ Mulheres? Traição?

_ Não!

_ Alguma causa especial?

Os motivos podem parecer um pouco obscuros pelo atentado num dia qualquer da semana. O impressionante número de facadas cravadas no peito. A polícia em vão se esmiuçou em busca de algo.

Barbárie; estava escrito nos jornais deles;

Os nossos paper/news iam de salvo para alvo como político na câmara.

Assalto?

Vingança?

Todavia o pessoal não soube se tratar de uma dívida com o trafico.

Jonas livrou-se dos vícios diabólicos, encontrou a calma no espírito, podia ter casado com uma linda mulher, todavia perdera crédito há muito tempo com o alto comando de um morro/familiar.

Alguém precisava pagar.

Seu débito podia comprar vários terrenos no paraíso.

O movimento sem terra exigia uma participação nessas áreas para plantio e sustentação das famílias.

Afinal eram terras improdutivas.

Produção em massa de coca, o mais querido de Jonas.

Fanático burro, pois estando na igreja e com o olhar de deus creu que nada podia acontecer.

Dois moleques desceram a favela para cobrar-lhe o negado;

Culto do Pastor da gloria, pessoas levantando as mãos para o alto, e Jonas esfaqueado umas treze vezes.

Fitei o garoto com a faca de cozinha, Brizola, o mesmo que passava a droga no Manu lanches.

O lance tinha ar de simplicidade:

Íamos ao bar, ficávamos sentados numa mesa.

Bebendo e cuspindo conversas fora.

O menino sentava ao nosso lado, bebia um pouco e ia ao banheiro.

Largava a encomenda atrás da lixeira.

Saía.

Enquanto um de nós entrava no mictório o outro (quase sempre Alberto) pagava a remessa.

Esquema planejado por Jonas.

Morto ao meu lado.

_ Havia algum envolvimento de Jonas com favelas próximas?

_ Não senhor delegado.

_ não vi nada.

Silêncio!

O mesmo que demonstro agora de frente ao caixão dele, numa sexta/chuva inundando minha face de lágrimas. Irritado por que Karol e Alberto não apareceram. Família sumiu do mapa, do papel.

Isabel entrando em pânico, gritando sobre a maldição. Sendo contidas por amigos.

Atada a falsos mitos.

Precisando de remédios para dormir numa casa sozinha.

Viciada neles como o filho fora por cocaína.

Apontando-me o dedo, dizendo palavras duras.

_A culpa é sua!

_Você sofrerá da maldição também!

_Será o próximo!

A única pessoa que me oferece abrigo em seu ombro é nada menos que a vizinha gostosa/religiosa.

Abraços.

Acompanha-me ao prédio, diz coisas que aquecem o coração da pequena chuva batendo nos guardas.

Escadas.

Ao subir retribuo o carinho com palavras ao pé do ouvido, esquentam qualquer mulher entre as pernas.

Viúva.

Empurra-me pela porta de sua casa até o quarto recheio da boca com gosto de hortelã dela.

Aranha.

Grita de medo, mata essa porra, desliga a luz.

Imaginação.

Eis o modo como arranjei para transar com aquela mulher no escuro.

Acordo sozinho.

Reparo no banheiro com a porta entreaberta.

Apaga e abre.

O eterno retorno do jogo da vida.

Das nossas vidas desvinculadas.

Descanse em paz Jonas.


quinta-feira, 28 de abril de 2016

Guerreiros e pequenos tiranos


“Para converter-se em um sábio é necessário transitar pelo caminho do guerreiro. Um guerreiro não é alguém que vai à guerra matar pessoas e sim aquele que demonstra integridade em todas as suas ações e um controle sobre sua própria pessoa. Um guerreiro vive cada momento de sua vida, sem orientar-se pela complacência ou pelo lamento, sem ganhar ou perder, está sempre alerta e lúcido a tudo que o rodeia. Age com abandono de si mesmo de maneira impecável.

A impecabilidade do guerreiro evoca uma atitude interior, uma luz que se aproxima notavelmente da humildade e a aceitação de viver imerso na eternidade, transformando cada circunstância vital em um desafio vivo e sincero. Ninguém nasce guerreiro. O caminho continua até o final de nossas vidas.”


                                                                                             Carlos Castañeda.







Vivemos diariamente batalhas em nossas vidas, sejam elas por coisas simples, sejam elas pelo ato de respirar. Cada suor, sangue e lágrima conhecem o caminho da luta e reconhecem o peso da derrota. Somos refeitos pelas nossas perdas e é delas que vamos falar um pouco. 

 

Perder faz parte da vida – coisa que a gente tende a escutar demais – mas em suma é uma verdade intangível que afirma que vamos ser derrotados. Talvez pelas ações de outras pessoas ou em outras ocasiões por nós mesmo. Contudo perder é também aprender e para isso devemos afinar nossos espíritos como guerreiros. Se a morte é inevitável como a sensação de se sentir derrotado podemos retirar disso a essência para continuar a vida. 

 

Resumindo de forma mais simples diria que quando perdemos, podemos perder como guerreiros. Sem lamentações ou hesitações, sabendo que da mesma forma outro dia vai nascer amanhã. 

 

A diferença entre um guerreiro e um pequeno tirano não está em suas vitórias e sim em suas derrotas. Um guerreiro está preparado pra elas, sabe que uma vida sem elas não é possível e as aceita. Por outro lado, um pequeno tirano se alimenta de suas derrotas, entra em negatividade constante e acaba oprimindo a si próprio e aos seus próximos. 

 

Como foi bem visualizado na mitologia do filme Matrix se você não é um desperto acaba sendo um agente em potencial. 

 

 

 

Perca como guerreiro, não seja um pequeno tirano na sua vida e na dos outros.

 

 

Texto livremente baseado na obra de Castaneda

 

 Thiago Mendes 

quinta-feira, 10 de março de 2016

Cine Nikiti "Noivas do Cordeiro"





O cineclube Cine Nikiti retoma suas atividades em 2016 com o documentário "Noivas do Cordeiro", de Alfredo Alves, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Ele será apresentado no dia 16 de março, quarta-feira, às 19h, no Solar do Jambeiro, com entrada gratuita.

Após a sessão de “Noivas do Cordeiro” haverá debate sobre empoderamento feminino com Elenice Ramos, lider comunitária e Angélica Hullen, subsecretária de Assistência Social e Direitos Humanos de Niterói.

O Solar do Jambeiro fica na Rua Presidente Domiciano, 195, Ingá, Niterói. Telefone: 2109-2222.

Confirme sua presença no evento na página do Facebook:https://www.facebook.com/events/1704986476381347/


Página do Cine Nikiti no Facebook: https://www.facebook.com/cinenikiti




Antes de “Noivas do Cordeiro”, será exibido o curta-metragem “Sève”, de Louise Botkay (Brasil/Haiti/França, 2011, 11 min). No filme, uma menina é iniciada no mundo dos espíritos. “Sève” é uma ficção com caráter de documentário e um mergulho no universo do Haiti nos dias de hoje.



Thiago Mendes