domingo, 8 de outubro de 2017

Poesia Cotidiana



Poesia surge no silêncio.
No momento do ônibus.
Na espera da fila do banco.
A poesia insurge no suor
das memórias arquivadas
Dos narizes sangrando.
A poesia inculta uma tela.
Uma nova realidade.
Uma outra perspectiva.
A poesia luta pela vida.
No respirar dos esquecidos.
No levantar dos acamados.
A poesia rufa tambores,
dança com os pés da deusas,
samba com as meias das baianas,
curte um tango com o deus da morte,
&
vislumbra e sucumba com os seus momentos.
Assim no momento que tu lê.
Assim no momento que tu vê.
Assim no momento que tu crê.
Assim no momento que afirma.
A poesia é a pedra no meio do caminho.
No meio do caminho há poesia.


Thiago Mendes