domingo, 30 de julho de 2017

Persona III




Eu gosto de Oscar Wilde.
Eu gosto tanto dele que fiz essa merda.
Lembrem se que sou professor de literatura juvenil.
E pego pesado com os fedelhos.
Tudo começou com ela.
Que fez meu corpo tremer desde o início.
Acostumado com o banheiro de minha mãe.
Desculpe o que eu disse?
Mas ela nem quis me ouvir.
E veio a desgraça.
Longe dali uma linda sereia avistei.
E logo o camarão veio amargo na boca.
E percebi que nada valia à pena.
Perdi a pena da vida naquele dia.
Mas ai-surtei mais doido.
Acreditando que todo mundo louco.
Era o melhor mundo.
E curti uma vida adoidada.
Cheia de álcool.
Sexo & drogas.
Mas veio-ela.
Esperta como diabo.
Arisca-feito raposa.
Sexual como uma rainha.
Aranha serpente que roubou meu coração.
E fomos viver juntos.
Ajuntados.
Contas.
Enamorados.
Camas.
Casados.
Quartos.
Briguentos.
Banheiros.
E expulsamos nosso amor aos pontapés.
Foi quando lembrei-dos-filhos-das-putas.
E de Oscar Wilde.
E matei aquilo que mais amava.
Aperte — — -os — — -cintos e senti o vazio da minha mão.
Espatifei a caminho entre o socorro e a solidão.

Thiago Mendes

sábado, 22 de julho de 2017

Persona II

Os Embaixadores Holbein




Acordei com o inferno na barriga, uma briga entre alguns demônios pra resolver quem faria mais barulho na periferia ...

Busquei a mama sopa e nada.

Agora alguns copos de café e os demônios já são titulares, pseudo-intelectuais. ... Jogando fumaça para e esperando uma francesa passa r.
Uma briga entre quem é o melhor filósofo e eu esforço em particular para acabar com isso.

Privação de dor porque o odor é insuportável.

A francesa de saia caminha, o perfume é caro, mas não é meu apenas voyeur baby.
O sufoco quase sofro meu corpo com o doce desejo ardente pimenta quente escorre com mel de abelhas. A paz reina no albergue e as candidaturas são um acordo de unirem forces para vencê-lo.
A francesa de longe me observa e observo minha língua suja de líquido, cor de merda.

Vomito
Vomito
Vômito

Refresco meu corpo com leite quente e nem tente me dizer que minha vida anda confusa francesa de merda Francesca mulher crediário que manda e desmanda e comanda minhas contas.
Mas não minhas bocas
E como.
Porque é bom
Feito um bombom
E cuspo
Porque é sujo
Tipo impuro.

Mas o que me importa vinte mil vacas chorando sem pasto com suas tetas chupadas.
Os patos inchados de tantos raros foi grés.
Os sapos costurados e transmutados em delicatessen exuberantes de brujos e cozinheiros zen contemporâneos.
Como minhocas espremidas em quilos de burguers e copos de açúcar preto e potatos gordurosos batatosos recheados de molhos quiméricos das falanges infernais.

E os brindes!

Intrincadamente feitos e encaixados em zonas de exploração e pagamentos por centavos e vendidos por zilhões.
Enquanto transfiro parte do meu estomaco e figaço para a lixeira e deposito meu esgoto dentro de qualquer parquinho de infância.

Crianças!

Não é permitido deixar-se distraído por seu sexo distante anjo moreno luxo de Paris que me domina e comanda e anda por detrás de meus dejetos beliscando meu braço e sugerindo um pesadelo.

Nova Ordem Mundial.
Nova Ordem do Google.
Nova ordem.

Peço que vocês deixem-me com minha ignorância benção dos deuses seus diabinhos diabruras e canduras e Honduras pagam quase nada por seus ossos de guerra luxo para poucos; Comida falta a muitos eu quero é bis.
Bisbilhoteiro.
Tiroteiro.
Na rua avenida praça urbana ciruela de bando de mendigos correorum como luzes dos bancos de dinheiro fiat, mas uma bala de verdade e fere e dói e choro por que papai não voltou.

E meu rim esquerdo parou.

Hordas de malandros espremendo músculos e roubando ósculos vaginais das moças putas casadas maltratadas pelo desejo de sexo todo dia.
Expulsando os demônios dos corpos curtidores estranhos dos sujeitos todo o tipo de anonimato com manias excêntricas todo dia.
Confundido poder com patrão / padrão tipo bebador amargado de sangue de cassetetes / cacetadas com manchas de sangue todo dia.
Tira nos insanos vesanos sem sabor saboreie o mar, mas não pode esperar.

Espera sim.

Cartão sem débito conta fechada morte anunciada dor no parto parindo os dentes e os entes perdidos entre páginas de um caduco livro relógio cuco jogo para compro depois.

Pois o meu fim atrasou;

Thiago Mendes

domingo, 16 de julho de 2017

Persona

"Persona" de Bergman




Note que aquele sujeito estendido no meio da praça não perdeu o sopro da vida hoje, e sim há tempos atrás quando decidiu largar o amor e se arriscar subindo a falsa montanha do seguro sujo. Sangue escorrendo pelos seus orifícios e uma semana atrás acreditou no seu ofício passado de criação.

Não recorda = criança = sua poça imunda cloaca dura infância fotos cicatrizes presentes ausentes parentes descrentes no jeito desajeitado de levantar os braços arcos traços números na planilha dos chefes sujeitos afetados pelo ouro ilumina a tela encarece seus ares condicionados/condicionados a mandar e pouco presenciar contemplam quadros caros LOW entendidos.

Afetados pelas manias modas virais viroses compram sua saúde beleza quem sabe imortalidade das redes sociais. Vips psicopatas pederastas pulsam na pequena tela do seu computador censurado da empresa imprensa moderna reduzindo sua busca a querer e comprar.

Flertar e comprar.

Gastar.

Sua vida em horas.

Blocccccccccos.

Pseudo-escolhas escoltados pelo sistema.

Existo logo compro.

Não existo logo morro.

Encarado como um saco de trapo velho.

Revolvido pelo vento.

Ativo.

Circundado meu pensar.

Revejo.

O sujeito morto.

Escolhido pelo “acho”

Penso logo existo

Penso lote compro.

Uma caneca ilustrada.

Rotulo-o.

Como produto improdutivo.

Compro logo produzo.

Sou um consumidor.

Turista sugando o sagrado.

E tu homem perdeu sua graça.

Quem sabe não vira uma foto engraçada.

Uma montagem atraente.

Serpente pecado — desisto.

E pinto — o visto — escolhe outro quadro.

Mais caro.

Mais raro.

Deixo meu rastro.

Rastrx existx sujx pensx vomitx desejx despejx

O ato do universo.

Queria versar mais.

Pago mais.

Sopro mais.

O balão vai estourar.

E a coisa encolhe a distância das vistas.

Visitas.

Alugadas pelo ponteiro.

Pontuo esse corpo.

Espremido pela inflação.

E pelo prêmio na televisão;

Thiago Mendes