sábado, 26 de abril de 2014

Zumbis



http://www.blog.pikachusayajin.com/




Os zumbis caminham por ai
Com sua anti mental programação:
Não seja feliz
Procuro manter a distância
Usando máscaras de gases
Para não ser infectado
O universo deles é muito mistificado
Medo e trabalho.
Mantenho distância
Não quero ser um zumbi
E perder o poder da vida.
Eles não têm imaginação
E buscam unicamente
Vencer uns sobre os outros.
O universo deles é uma guerra
Uso máscaras.
Mantenho distância.
Alguns loucos caminham sem proteção.
Perderam a noção
De como é ruim perder a vida.
Às vezes somos testados
E amigos e parentes se tornam a questão
O coração aperta
Pedindo perdão para todos.
E resistindo mantenho distância
Para não sofrer de antemão
Procuro em cada irmão
A salvação
Sempre com fé e imaginação
Fazendo companheiros de viagem
Em cada estação.
A arte nos salva da solidão.



Plaz Mendes

domingo, 20 de abril de 2014

Jukebox


Reprodução:Internet


Fleet Foxes: The Shrine an argument

"Às vezes escutamos musicas que fazem nossa alma dançar, não digo som que faz o corpo se remexer, mas o espírito levantar e celebrar"
Plaz





Tame Impala: Alter Ego 


"Eu sei, eu sei que muita gente já escreveu sobre Tampe Impala, isso só mostra – ao meu ver – a qualidade do som dessa banda. Mas por favor escute-a com fones de ouvido".
Violet





The Ghost of a Saber Tooth Tiger: Animals


"Li em algum lugar que Sean seria o filho menos criativo de John Lennon, e pensei : Nunca li tanta besteira ...Escute sua obra e quem sabe essa música nova de sua recente banda Goastt.
Vogelfrei




PS: Feliz aniversário para minha querida irmã, boas vibrações por onde estiver.


Thiago Mendes

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Beat IV


Ginsberg


Eu não sou seu brinquedo de estimação
Não sou seu judeu que vai para fornalha
Não sou seu negro espancado por carecas filhos da puta do abc
Que espécie de abcdário é esse.
Com A, escrevo amputar.
Com B de bater.
Com consentimento.
Diário.
Você bate em seus filhos que não são filhos da puta, mas da madre que puta, pois deixa que eles apanhem do pai aquele careca que não mora no abc, mas é um filho da puta por bater em seus filhos pequenos, quase brinquedos em suas mãos desgraçadas, sujas de sangue humano como seus governantes, sujas de sangue que aquele idiota cisma em chamar de sangue negro, dói ver essa tolice ainda nos dias de hoje e ver um jovem negro tendo o braço amputado por fascista, racistas, nazistas eu quero é mais que se foda; que a extrema excomunhão os alcance que o diabo os amanse que adianta tudo isso?
Que adianta falar para o vento e pedir para ele fazer a curva e repete teimosamente que não pode se não pode mudar seu próprio destino, não pode nada, você não pode nada como posso mudar meu destino cruel, não posso nada!
Posso escrever sem parar, posso e devo sem parar sem parar sobre seus malditos vícios de matar as pessoas, matar de fome, matar de esperança, matar de vergonha, matar e matar.
Amar que é bom acabou, mas se você quiser temos aqui um pouco de fome e pena, deve resolver seu caso ou se tiver paciência pode consultar nossos arquivos onde existe uma ótima rosa de Hiroshima para seu divertimento pessoal, quanto quer levar?
Eu não sou seu brinquedo de matar;
Eu não venero seu deus comercial das nove horas
Eu não vou perder minha esperança só por que sua pequena lança perfura meu coração todos os dias,
Todos os meses de ano,
Todos os intervalos de novela
Eu sou negro, sou judeu, sou gay, sou o que você não quer para seus filhos;
Sou mulher;
Sou árabe
Sou chinês;
Sou a porra toda na qual você quer jogar sua maldita bomba

Bomba atômica.

Bomba sentimental
Bomba que explode nos pobres
Jogando-os em qualquer esquina
Qualquer esgoto
Ou viaduto;
Enquanto estou com meus amigos num bar qualquer bebendo qualquer cerva com um mata rato na boca, estamos aqui, mas não pense que estamos indefesos contra sua ira social, estamos prontos para o que der e vier; não se esqueça disso, liberdade não se compra se conquista, estamos prontos e você esta?
Você está pronto para perder seu domínio?
 Está pronto para um mundo sem ilusões?
Estará?
Veremos como consegue reagir a isso
Ao terror de uma juventude insana
Presa em gaiolas por tempo de mais
Tempo demais;
Pronta para recuperar;
A vida;
A verdadeira vida


Plaz Mendes.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Hipopótamos #6

Escher



        Para todos que acompanham a história ou esbarraram acidentalmente por aqui, segue os links das outras postagens. Assim ficará melhor acompanhar os devaneios desse personagem e por que não dizer, do próprio autor.

Parte 1     Parte 2     Parte 3     Parte 4    Parte 5



Lex Talionis
 
 
 
      Na televisão vejo a historia de um homem que estuprou e matou a filha do vizinho.
Uma garotinha de apenas oito anos com ambições de dançarina de axé.
A caixa débil ganhando sinceros votos de ira. Esse desgraçado tem de morrer, porém nossa brava legislação com sua matemática cega. Pagar duzentos anos em pequenas parcelas de trinta. Na verdade uma única taxa de entrada. Bom comportamento dentro do inferno ainda vale algo. Cortada pela metade em alguns anos. Redução de impostos nunca!
Como fica a família perdendo sua pequena esperança pelas mãos de um monstro.
Nenhuma pena.
Nunca fui humanitas.
Sinto-me péssimo, pó e a cerva acabaram. Não tem nada nesta maldita espelunca e ainda por cima uns senhores com seu papo de direitos humanos e universais?
Uma atitude desta é humana e universal?
Sonho com este maluco desaparecendo entre pernas cabeludas dentro de um fétido banheiro/prisão.
Vendeta!
Por que estou tão irritado com toda esta cena. Merda de insônia, e agora esse canal evangelixo querendo pregar que o condenado sofria com o diabo no corpo.
Sofro com o maldito peso.
Renegado por deus.
Queimado pelo diabo comunista.
Estrelas caídas do céu largadas na portaria.
Qual o problema da vida. Pela janela tudo me parece mais cinza, menos real. Perdemos nossos últimos resquícios, da caverna ao hospício.
Embarquei no trem errado e quero soltar.
Ando vomitando pelas frestas toda hora.
Sonho?
Pesadelo!
Lembrança.
Karol e Alberto no bangalô de noite. Meu amigo abusou da mulher da minha vida.
My vida começou a ficar estranha depois disso.
Preciso de um banho.
Uma queda provocando o plano de vingança.
Passageiros a estação próxima fica a meia hora!
 
 
18:35
 
 
 
      Na piscina devia ter umas cinco pessoas. Dois moleques amigos do riquinho. E três meninas completamente doidas com os seios a mostra.
Alberto e Jonas esperando dentro da casa indiana.
Mesa.
Nela tudo que dopa e o dinheiro podem possuir, e botamos nossos narizes pra funcionar.
Fumaças pra saborear e dizemos besteiras apenas pra sacanear.
Jonas pede camisinhas e chicletes ao meu bolso e some junto com uma das meninas topeless deixando vela acesa na minha mão, na outra um baseado apagado por que Karol decide ir embora e seu namorado parece insatisfeito com isso.
Ela. Sonolenta, pedindo, por favor, pra voltar pra casa;
Bad trip?
Eles discutem e Al ligadão como árvore de natal das ricas mansões da vizinhança começa a arrancar a roupa dela.
_ Feche a porta panda!
Antes de continuar; O panda consistia num apelido que Jonas dera-me pela nossa amizade. Branco e grande, cheio de pó e gordo.
Ela desfere olhares e nenhuma resistência para os braços dele.
Olhares pedindo ajuda. Nada faço enquanto presencio Alberto enfiar seu pênis na bunda branca dela.
Alberto rindo totalmente alterado.
Fujo correndo da cena.
Caio dentro da piscina vomitando os dois cachorros quentes e meio do almoço.
E noto.
O barulho das meninas e dos meninos transando na borda.
Jonas fazendo sexo oral numa negra gostosa.
Nunca pensei que alguém não pudesse me notar.
Nesse dia percebi que havia algo errado comigo por não ter agido ou com Deus nada de milagre ou com a coca daquele morro.
Jamais saberia ao certo.
Apenas a cabeça girava em estranhos pensamentos e acabei vendo pela segunda vez um hipopótamo na imensidão do fundo azul.
Não podia ser coincidência.
 
 
04:00
 
 
 
      Ando pelas ruas com muita pressa afinal equilibro-me sozinho entre latões de lixo e despachos do preto velho. Felicidade transcorrida em cada movimento abobalhado dos braços.
O fétido cheiro do ar não confunde o perfume impregnado dentro do meu cérebro e das roupas.
 Agora me encontro completamente sozinho em busca da minha casa. Pelo menos penso assim.
Antes fumar um cigarro.
Dopado de erva.
Uma longa aventura se inicia.
As vermelhas velas parecem querer me indicar algo.
Paranoico.
Entre ossos de uma suposta baleia pensadora caída do céu.
Trevas.
Surgem cachorros seguindo meus passos e não sei se acaso eles estão dispostos a me enrabar ou conversar comigo.
A segunda opção vira realidade devido a um vira lata com dentes sujos de carne podre que late:
_vou te matar au au!!
Senti uma terceira pior opção. Um sacrifício com velas, caixa torácica, lua cheia e seguidores de Rin Tin Tin.
Por sinal toda sua geração.
Cinco!
Continuar assim ficara impossível, decidi correr com isso encurtaria o caminho, na verdade, quando se encurta se engorda a coisa e minha barriga é pesada e fofa de menos ao tombar de encontro ao chão.
Abatido feito time rebaixado para segunda divisão.
Respiro fundo. Levanto a cabeça, ninguém para ajudar.
Melhor.
Silêncio.
Nem sombra dos cães.
Menos au.
Um hipopótamo passeia pelos paralelepípedos da grande avenida esqueci o nome/lembro depois.
Loucura.
Aproxima se, um largo sorriso bem amigável.
As armas são suas bocas.
Sei como é esse negócio.
Todo machucado conto com sua ajuda para me acompanhar caso aconteça uma possível revolta dos gatos infernais. No momento em que a mente parece restabelecida, em casa!
Sonhei?
Ainda bem que não acordara dentro de um saco de plástico.
Novamente paranoico.
Mas.
Uma ideia toma conta do espaço reservado àlguma atividade criativa.
O melhor dia da minha vida.
Certamente o mais surreal possível.
As possibilidades seriam muitas.
Vou escrever um livro!
 

Thiago Mendes é o autor do conteúdo deste livro, do qual você está livre para copiar, queimar ou enfiar em qualquer lugar...Claro, não esqueça de dar crédito ao autor.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Festival Latino de Instalação de Software livre





O Núcleo de Produção Digital de Niterói (NPD) sedia no dia 26 de abril, das 9h às 18h, o Festival Latino-americano de Instalação de Software Livre (FLISoL). O FLISoL é o maior evento da América Latina de divulgação de Software Livre. Ele é realizado desde o ano de 2005 e a partir de 2008 sua realização acontece no quarto sábado de abril de cada ano. 

Em sua primeira edição em Niterói, o FLISoL  tem como objetivo mostrar ao público, de forma prática e dinâmica, a ideologia do mundo do software livre, através de palestras e Install Fest. Serão realizadas apresentações e workshops de Shell Script, Blender, Libre Office, Krita 2.8, Joomla e Gantt Project. Haverá ainda palestras sobre software livre e a experiência em Telecentros de Niterói com software livre.  O evento é gratuito e aberto tanto para programadores e  profissionais de TI quanto para usuários finais. 


O NPD faz parte do programa Olhar Brasil, sendo resultado da parceria entre a Prefeitura Municipal de Niterói, através da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, e a Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura (SAV/Minc). No âmbito do município de Niterói, o núcleo está ligado ao Programa Niterói Digital. Além de contar com um telecentro, o NPD possui uma sala de cinema (cineclube), e contará com estúdio de gravação e ilhas de edição. Oferecerá ainda oficinas e palestras gratuitas na área do audiovisual à população de Niterói e do Estado do Rio.

Mais informações e inscrição no site: http://flisol.info/FLISOL2014/Brasil/Niteroi

Local : O Núcleo de Produção Digital de Niterói (NPD) está localizado na rua Visconde de Uruguai 300, centro de Niterói.  


Créditos: Núcleo de Produção Digital de Niterói.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

O olhar da criança no cinema



               



           Muitos filmes trabalham com a estética do “olhar da criança” na tela. Um desses casos de nosso cinema poderia ser: E.T de Spielberg, onde ele colocou a câmera na altura do ser extraterrestre e das próprias crianças do filme. Outro bom exemplo disso é o cultuado “O Labirinto de Fauno”, de Guilherme Del Toro. O filme sobre a realidade de uma menina durante a guerra civil espanhola. Existem inúmeros outras produções nesse quesito, mas vou me ater a um filme pouco comentado e mal entendido: Tideland.



 
Reprodução: Internet


           

 Tideland, filme de 2005 do diretor Terry Gilliam – famoso por ser parte da trupe do Monty Python – recebeu duras criticas e ficou esquecido como obra cinematográfica. Na fita vemos uma garotinha vivendo com seus pais viciados em heroína. Quando sua mãe falece, a menina e seu pai partem juntos para a velha casa dos avós e lá a imaginação dela e realidade se misturam em belas cenas e tingem um incrível drama.


Reprodução: Internet

        
  A questão seria qual o papel da imaginação da personagem no filme? Ou a imaginação em si é a personagem? Vejamos, as crianças necessitam construir o mundo em torno delas através da criação artística e o filme não critica nunca isso.
Por esse mérito que a produção não teve boas notas?


Reprodução: Internet


          Tanto Alice no país das maravilhas e o já citado Labirinto de Fauno compartilham outro aspecto. A personagem entra no decorrer da fita num “buraco de coelho”, mas a entrada é preenchida por seringas de sua rotina familiar. Surreal, fantasia? Sinceramente já temos a própria alegoria de estarmos sentados de frente a uma tela “viva”. Bons filmes não precisam passar uma mensagem ou moral, e sim um olhar. Aquele ponto de vista esquecido ou deixado de lado. O olhar infantil parece supor menos valor em consideração a outros. Por quê?

           A criança que existe em cada um de nós é a chama que mantém a imaginação viva. Sem ela: bonecas, bichos e a natureza se tornam cinzas. Deixamos de olhar para coisas triviais e tristes ficamos. Imaginação é muitas vezes a ferramenta mais verdadeira que temos para esse mundo não se tornar simplesmente cinza...





Para finalizar deixo o comentário do Terry Gilliam sobre o filme:



"Grande parte das coisas que perturbaram os espectadores no filme foram trazidas por eles mesmos para a sala do cinema. Se você conseguir voltar a pensar como uma criança, o filme, aí sim, irá tornar-se pura alegria."



Fonte e ajuda para o conteúdo: Making Off



Trailer do YoutubeAlexander Rubio



 

Plaz Mendes 



terça-feira, 8 de abril de 2014

As coisas não mudam?



http://www.failinbox.net/2013/06/fila-do-supermercado-quando-e-pra-ser.html


As coisas nunca mudam.
Eu continuo indo ao supermercado
Toda hora do dia
Como se um cisto me abdicasse do sonho de ser saudável
Irrita
Mas eu vou.
As coisas nunca mudam
As pessoas continuam reclamando nesse local
Os maridos das esposas
As mulheres das crianças
Os pequenos das verduras
Como se todo movimento fosse uma vertigem
Uma subida a montanha
Do produto barato
Da comida rápida.
As coisas não mudam
As filas ordenam infinitos
Muitas mãos roubando coisas
Muitos cartões pagando coisas
Muitas coisas
Gente reclamando do tempo
Gente exigindo um bom preço
Gente
Injetando coca morro acima
Ejetendo mercadorias erradas.
As coisas não mudam
Os pássaros ainda voam
A bebida ainda impera
Os bichos ainda morrem
A bebida ainda impera
As promoções ainda imperam
As coisas não mudam
As frutas maduras
A imagem se comunica:
Beba
Viva
No fone “The Shrine”
No radio Popozudas pensadoras.
Setores
Seleções
Escolho um vinho
Branco?

As coisas mudam.


Plaz Mendes