quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Nesses momentos....



Sempre gostei dessa música mas escutando-a com a letra fiquei realmente sentido, escute nesse versão em espanhol (que creio ser a original) pois ouvi-la em inglês e retirar toda a força da música...





Deixe-o se queres continuar
Irmão
Graça ilumina tua vida
Todo o céu cai sobre ti
Diga-me o que há,
tente-o
Ilumina esse amor
Ante que se vá

Algo sempre te entristece
Quando tudo vai bem

O que há com você?
O que há com você?

Deixe-o se queres continuar
Não esconda sua alma ao sol
Tenhas uma vida preciosa
De que serve se sozinho
Morre suavemente

O que há?
O que há com você?
O que há com você, meu irmão?
O que há com você?

Escuta a tua própria voz
Salva teu amor
O que há com você?
Antes que se vá
Se tudo vai bem?
O que há com você?
Olha para ti mesmo
Vem! anime-se!
O que há com você?
Meu irmão

se anima

O que há com você?


Gorillaz Latin Simone


Plaz ...

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Supermercados








       Todo mundo já ouviu falar de um supermercado seja ele aquele que você compra suas coisas, ou o do Radiohead quem sabe do supermercado de Ginsberg...O caso todo não são as coisas que compramos mas talvez os rótulos que deixamos.

Quando penso em supermercados me lembro de uma vez, quando ao entrar naquela grande casa me vi cercado por passarinhos...Sério simplesmente os bichos estavam voando de um lado para outro, embora a maior parte das pessoas não estivesse muito interessada em pássaros e tudo o mais, mas sim nos preços.

Bem rótulos são historinhas que criamos em nossas cabeças acerca dos outros.

Qual o problema disso?

"Quando você me rotula você me nega"  
                                                                     Soren Kierkegaard


      Exatamente como disse o pensador dinamarquês, em nosso intuito de rotular tudo e todos a torto negamos todas as possibilidades existentes. Lidando com as pessoas como coisas que tem um valor e depois jogamos fora quando aquele "valor" perde sua essência. 

O que é o preconceito senão rótulos que repetimos mesmo que nem saibamos por durante nossa vida e assim os jovens negros são ladrões;
mulheres vadias;
muçulmanos suspeitos;
velhos chatos;

Não precisamos ficar presos a esses estigmas que se apresentam para nós, a verdadeira liberdade provem de estar livre dessas composições superficiais do senso comum. 

Em nosso modelo atual isso soa difícil em meio a faces que despejam a pseudo vida da pessoa, onde tudo parece ter uma notinha, uma foto, um defeito...

Parecendo mercadorias em supermercados com seus preços, qualidades e defeitos expostos nos rótulos, diferenciados por estantes, nichos...."Esse tipo de pessoa é legal, esse parece perigoso o outro nem vou chegar perto".

Não notamos mas repetimos essas historinhas em nossas mentes nos conformando com isso ou aquilo, justificando nossos atos, não somos pessoas ruins. "Veja ela não presta mesmo...aquele eu classifico como amigo o outro como colega, esse ai é falso".

Estamos vivendo?

ou consumindo nossas vidas como produtos embalados?

Cabe a cada um a resposta, mas por favor ela não estará no face, no Google, nesse blog, mas apenas dentro de você, na sua totalidade e não apenas num artificial pedaço de você.

Na próxima vez que estiver no supermercado procure pelos passarinhos....


Plaz Mendes






Mudrasavra

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Old Buk


Um vídeo para comemorar o aniversário de
Charles Bukowski






Um brinde ao velho Buk....


Plaz Mendes


créditos: SupermanPUATUBE

A jornada #2




     Eis que um dia está apaixonado e puxa com toda força, mas a coisa ou ser quer respirar também, contudo ele não percebe isso. Aperta cada vez mais.

Um choro ao longe para os mochileiros, um menino chora abraçado ao seu cachorrinho falecido.

O mochileiro líder chega próximo e o reconforta:

Uma vez meu pai me disse pra termos cuidado com aquilo que tocamos, para não sermos tocados pelo toque da morte.

Mas que toque é este?

Apaixonados por tudo que tocamos perdemos o rumo da vida; Veja não existe problema nenhum em se apaixonar ou se apegar por algo, porem quando estamos cegos por esse toque, tudo se torna nosso, tanto coisa como ser.

Prende-o para não fugir
Personifica-o para fingir

Que aquilo é nosso, mas não é

E um dia vem o desgosto com gosto amargo na boca você não quer mais.
Obsolescência
Obsessão
Violência interna

Não somos aquilo que temos
Não podemos ter alguém para ser aquilo que queremos.

Precisamos deixar tudo ir ao seu tempo.

E então eles enterraram o cãozinho e seguiram viagem para a montanha sagrada.








Créditos do vídeo/legenda: Guilherme Salgado


Vogelfrei...

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Recomendo Docs




             Recomendo muito esse documentário sobre vários aspectos entres os quais vou destacar apenas o fato de que a verdade não está no belo televisor. Não é minha verdade, mas por algum tempo vendo o doc sua verdade pode ser mudada, alargada ou revista...Tudo isso vale o documentário que segue no link abaixo.




Como assim cura do câncer? não me venha com essas utopias e fantasias. 

Ok.

Mas como ser pensante me parece muito pouco descartar esse belo documentário apenas por causa de uma afirmativa, que por essência deve ser o motivo por detrás da escolha de viver melhor.

No site tem legenda e um link pra baixar....

baixem, compartilhem, informem, espalhem.

Semeando.

Recomendo o DocVerdade para ver outros documentários interessantes


Thiago Mendes


terça-feira, 13 de agosto de 2013

A jornada





Os mochileiros seguem a trilha ingrime em busca da montanha sagrada
São poucos que ainda estão no grupo 
o resto se perdeu no caminho ou desistiu.

O mochileiro líder enxuga seu suor com sua toalha e nota
que muitos estão ofegantes.
Se aproxima deles e abre suas mochilas

Vocês carregam coisas demais
apego em demasia.
Só o básico é necessário nessa jornada.
o importante não se encontra na mochila 
mas sim no coração.

Alguns então diante da perda dão meia volta
outros
olham para suas coisas e jogam no chão
e ai 
percebem que carregavam pedras pesadas.

a jornada continua...










Vogelfrei...

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Hipopótamos #2




17:53




       Exatamente nessa hora a contar trinta segundos conheci Jonas. Pontualmente neste dia nasci, voltemos vinte anos. Nascemos na mesma maternidade pela barriga de irmãs que nunca se entendiam bem, porem entre os vinte aos trinta, esbarramos dentro da enfermaria, desunidos por nossos cordões umbilicais. Unimos novamente as duas desgarradas por motivos religiosos. Minha mãe, Roxana, nunca acreditou em Deus e sua irmã Izabel vivia numa igreja batista, presbiteriana, maranata, evangélica, whoever. Não é a toa que o nome do filho dela foi escolhido dentro de um desses lugares santos junto aos seus irmãos de crença.Jonas.Roxana odiava essas intervenções divinas na vida de sua família e tratou de se afastar de tudo renegando sua única e mais velha irmã. A mesma que cuidara dela como se fosse uma filha visto que vovó Lael morrera cedo vitima de câncer no pulmão. Minha tia deu comida, banho, porrada, carinho, biscoito e recebeu um sonoro:_ Não quero saber de seu Deus!Por causa da morte de Lael que Isa decidiu aproximar a família para uma religião depois de quase três gerações de total ateísmo.A dor da minha vó na cama, prostada, uma sincera visão do inferno e o melhor jeito de se proteger disso seria Deus, afinal cigarro é coisa do capeta, repetia Titia sempre que questionada.Minha mãe optou pelo tradicional; a culpa de tudo isso só pode ser caso ele exista, dele.       O afastamento delas tinha se acentuado muito pelos anos, todavia nosso surgimento na mesma maternidade signo divino para Isabel e uma grande desculpa para finalmente Roxana reatar os laços da família. Minha mãe apesar da careta de sua irmã escolheu;Alexandre.Aparentemente sem nenhum motivo próprio.


  

Homens...



         A falta masculina no capitulo acima não será muita surpresa no decorrer da historia. Lael perdera cedo seu pai. Meu vovô Ademias vivia seus últimos dias com um câncer mastigando seu corpo e memória. Jonas nunca conheceria seu pai por derrame. Minha mãe e sua irmã temiam haver uma maldição para os homens da família. Sonhavam em ter meninas, quando souberam se tratar de dois pintinhos. Sofreram um baque. Muito mais Isabel no momento em que afirmava o médico seu filho nascera prematuro, e com um grande saco enquanto Roxana dera a luz ao mais gordinho bebe da maternidade, palmas! Vários sorrisos durante a infância, paparicados por todos os parentes que hoje são fantasmas em fotos. A esperança vivificada na pele daqueles dois garotos... Como poderíamos carregar tamanho fardo?Como poderíamos salvar nossa família?Não deixar que o nome dela fosse esquecido, como? Se por sinal o vovô patriota mal o lembrara!Como salvá-los?Nós?Maldição!Fardados a falha!Homens... Pra que servem alem do puro destino.Fracassar e destruir...Somos bons nisso!  




03:00

  

       De madrugada a televisão pode ser seu próprio inferno. Necessário autoflagelo? Nada emitido pelo quadrado mágico presta e por isso mesmo a chamam de tv aberta. Troco canal por canal, uma meia dúzia de opções todas muito parecidas. Musculação chama logo atenção com uma estrela de Hollywood. Um desses atores de filme de dublê. Olho para meu reflexo no piso da sala: largo; natureza/feio; educação/obeso. Sou este grande porco com um amontoado de lixo, resto de comida que cai das minhas presas. Inundando a casa dos meus pais, devastando por onde passa como uma gigantesca onda, recheada de condimentos miraculosos e envenenados. No momento hot dog ao molho rose.Alguém quer?Tenho preguiça ao excesso, mas nenhuma paciência com o programa, com nenhum outro. Medo ridículo de sujar os aparelhos de ginástica com o meu suor desumano. Sôfrego a muitas revistas de estética para uma cirurgia de estômago. Preguiçoso para quaisquer dietas. Da lua: consuma sucos de fruta, chás, caldos e água.Mal-estar pode causar. Atkins: restringir a ingestão de carboidratos.Problemas cardíacos podem causar. Tipo sanguíneo (a minha preferida): o tipo sanguíneo determina funções digestivas.Sou um vegetariano dócil.Ao menos a dieta diz...        Penso na morte e prefiro-a durante segundas, contudo há cansaço para pegar o revolver do vovô/guerra na mesinha e estourar os miolos. Joelhos ardem ao refletir que não existe nada nesta caixa débil nesta hora, que deveria deitar na cama, mais corpo e mente param por completo.Tilt.Sinta-se à vontade para rir.Ao longe este cara mostrando que no mundo lá fora quilos de gordura servem apenas para sabonete de Madame.Eu vi clube da luta.Comercial.Uma mulher numa banheira com espuma cuidadosamente arranjada por sobre o par de seios.Gostosa.Porem o banheiro nunca está na minha frente e tenho um pequeno pinto.Pode rir se quiser.Sou pura preguiça de andar, falar, matar-me.Essa televisão provocando afasia, todavia o controle caiu de minhas desastradas mãos.Preconceito; sinto por infelizes homens dando pulinhos, com o corpo sarado, preparado, bombado.Nojo.Myself.Como Karol amaria toda essa merda encalhada numa poltrona tamanha de grande.Encalhado!Maionese na boca e migalhas de pão, nunca perco o caminho de volta.Acendo um cigarro.Pode rir.Tenho ódio disso.



...Continua



Thiago "Plaz" Mendes

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Diário de Bordô do Plaz #2


Terra da Fantasia




Cósmico.
Quando o telefone tocou ganhou ganhamos um passeio pela cidade Maravilhosa e partimos para nos divertir e esquecer os problemas. Esquecemos de jogar na loteria, não nascemos pra sermos ricos, fiquemos com o riso fácil.
Entramos no espaço.
Pequeno, cheio de luzes e sons e fizemos amizade com o barman um mix de Jack daniels e pão de queijo, papo fácil drinques deliciosos.
Dançamos, rimos fumaça, dance batidas iguais, meninas iguais; M@ndy sorri e prometemos que não podemos esquecer nunca da goiabada e de onde somos.
Acordamos
E viajamos para a Terra da Fantasia um lugar tão tão distante que precisamos de um Hero para nos levar. Um lugar onde tudo é muito muito caro. Terra dos seguranças e câmeras que espreitam seus passos. Fantasia, iríamos ver a luta, vemos uma tela sem áudio.
Neve
Rimos bebendo cervas baratas no quiosque do cantor pastor amigo de Romário cozinheiro e GPS. Um cara legal, mas ali na terra da fantasia tudo tem o efeito de parecer e não ser.

Frango com cara e gosto de peixe.
Churrascos em Apartamentos.
Banheiros multa inexistentes.

Na Terra da Fantasia tudo é uma pose para um flash.
Estamos novamente nos cercados soltando fumaça.

Clima tenso pesado luta balde cerveja ,misturados, a fumaça gelo seco que entope a garganta. Hero e Jess avisam que preciso de uma vírgula,
Preciso de um descanso.
Exagerado.
Canso M@ndy junto ao seu salto.

Noto ao meu lado uma garrafa de champanhe e uma menina com problemas fantásticos, ela sugere que garotos novos são ruins e segue vigiada por um senhor -não o vejo- vizinho, pai, amante?

A menina parece querer que Hero a salve dessa Terra da Fantasia, mas tudo que parece aqui não é.

M@ndy e o primo de Hero sabem disso Ainda aprendo com os meus erros ao discutir na saída não vou pagar não quero saber não não....

Terra da Fantasia.

Aonde primos vêm de longe para um evento que não existe.
Até Heróis aqui podem passar mal.

Mas o mar.
E as amizades não são nenhuma fantasia.

Fico com eles e deixo o resto de lado.

Molhamos os pés e ali não tiro os sapatos.

A lembrança da areia fica retida na meia.


Imagem: 
http://egalilondon.blogspot.com.br/2011/05/festa-com-galera-da-egali.html


 Plaz Mendes