quinta-feira, 28 de abril de 2016

Guerreiros e pequenos tiranos


“Para converter-se em um sábio é necessário transitar pelo caminho do guerreiro. Um guerreiro não é alguém que vai à guerra matar pessoas e sim aquele que demonstra integridade em todas as suas ações e um controle sobre sua própria pessoa. Um guerreiro vive cada momento de sua vida, sem orientar-se pela complacência ou pelo lamento, sem ganhar ou perder, está sempre alerta e lúcido a tudo que o rodeia. Age com abandono de si mesmo de maneira impecável.

A impecabilidade do guerreiro evoca uma atitude interior, uma luz que se aproxima notavelmente da humildade e a aceitação de viver imerso na eternidade, transformando cada circunstância vital em um desafio vivo e sincero. Ninguém nasce guerreiro. O caminho continua até o final de nossas vidas.”


                                                                                             Carlos Castañeda.







Vivemos diariamente batalhas em nossas vidas, sejam elas por coisas simples, sejam elas pelo ato de respirar. Cada suor, sangue e lágrima conhecem o caminho da luta e reconhecem o peso da derrota. Somos refeitos pelas nossas perdas e é delas que vamos falar um pouco. 

 

Perder faz parte da vida – coisa que a gente tende a escutar demais – mas em suma é uma verdade intangível que afirma que vamos ser derrotados. Talvez pelas ações de outras pessoas ou em outras ocasiões por nós mesmo. Contudo perder é também aprender e para isso devemos afinar nossos espíritos como guerreiros. Se a morte é inevitável como a sensação de se sentir derrotado podemos retirar disso a essência para continuar a vida. 

 

Resumindo de forma mais simples diria que quando perdemos, podemos perder como guerreiros. Sem lamentações ou hesitações, sabendo que da mesma forma outro dia vai nascer amanhã. 

 

A diferença entre um guerreiro e um pequeno tirano não está em suas vitórias e sim em suas derrotas. Um guerreiro está preparado pra elas, sabe que uma vida sem elas não é possível e as aceita. Por outro lado, um pequeno tirano se alimenta de suas derrotas, entra em negatividade constante e acaba oprimindo a si próprio e aos seus próximos. 

 

Como foi bem visualizado na mitologia do filme Matrix se você não é um desperto acaba sendo um agente em potencial. 

 

 

 

Perca como guerreiro, não seja um pequeno tirano na sua vida e na dos outros.

 

 

Texto livremente baseado na obra de Castaneda

 

 Thiago Mendes 

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Mulheres




Um pouco de som de mulheres belas mas nem por isso recatadas e do lar. Talvez bacantes, selváticas e mulheres do fim do mundo.






"Quebrei a cara e me livrei do resto dessa vida Na avenida dura até o fim
Mulher do fim do mundo Eu sou e vou até o fim cantar"

Se ela é a mulher do fim do mundo ela vai cantar enquanto puder até o fim do mundo foda se a vida até o fim do mundo. Nada melhor do que isso na voz de Elza.






"Mulher, tua apatia te mata 
Não queria de graça
O que nem você dá pra você, mulher
Hoje eu não quero falar de beleza
Eu sou um monstro"


A selvática Karina Buhr lembra para as mulheres que elas são mais do que apenas objeto e sim sujeito que não precisa se sujeitar. Elas podem ser tudo até selváticas e monstros...




"Mate você  

Mesmo

Coma do seu morto 

 Desalinhe o corpo 

 Fique louco

Tome espaço do Estado, da polícia, da NSA

Da mulher maravilha 

 E meta um grelo na geopolítica"

Ava metendo um grelo na geopolítica no corpo no estado na polícia. Mate você mesmo , mude , se reinvente.




Thiago Mendes


segunda-feira, 18 de abril de 2016

Di Melo – O Imorrível



A vida em seus métodos diz calma
Vai com calma, você vai chegar
Se existe desespero é contra a calma, é
E sem ter calma nada você vai encontrar 

                                                                   A Vida Em Seus Métodos Diz Calma - Di Melo 



Certa vez vendo um documentário sobre Jazz um dos críticos afirmou que Duke Ellington tinha suingue como artista musical. Bem na primeira vez que escutei o CD do Di Melo eu compreendi realmente o que isso significava. Na minha frente estava uma obra musical com suingue e muito mais.





Ah, ele que dizia que queria morrer doce, Quando o mundo acabasse em mel

Mel

Ah, ele que dizia que queria morrer doce, Quando o mundo acabasse em mel
Mel, mel, mel, mel

                                                                     Se o Mundo Acabasse em Mel - Di Melo 



O CD homônimo de Di Melo foi lançado no meado de 1975 mas de lá até hoje temos uma obra atual, vibrante e cheia de energia. Funk, MPB e até pitadas de tango e mantra. Bem como eu afirmei acima o cara tem muito suingue.


O joão que se mata vivendo de amor Pedindo uma esmola, fazendo favor Que vende uma escada e compra uma esteira E deita na praia e na companheira Mas que se arrepende no dia seguinte Perante os amigos na mesa de uma bar E é tão conhecido esse tipo de gente

                                                                          João - Di Melo 






Escutando esse som a pergunta que não quer calar é o cara tá vivo? Morreu ? Sumiu ?

Em 2009 foi feito um documentário sobre Di Melo intitulado O Imorrível e nele temos um Di Melo mais velho mas nem por isso irônico, criativo e afinal vivo.




Se a coisa toda já estava doce como mel agora Di Melo lança novo CD na praça após 40 anos ele reaparece. Podemos esperar tudo desse grande artista o que não podemos é deixar de escutá-lo.





Aproveitem escutem se divirtam 



Thiago Mendes

quarta-feira, 13 de abril de 2016

A Nação que não esperou por Deus





O cineclube Cine Nikiti exibe neste mês o documentário “A Nação Que Não Esperou Por Deus”, de Lucia Murat e Rodrigo Hinrichsen, em comemoração ao Dia do Índio (19 de abril). Ele será apresentado no dia 20 de abril, quarta-feira, às 19h, no Solar do Jambeiro, com entrada gratuita.


Antes de “A Nação Que Não Esperou Por Deus”, será exibido o curta-metragem “Choro da Terra”, de Alberto Alvares. Após a sessão haverá debate sobre a questão indígena com o Prof. Dr. Paulo de Tássio*, da Faculdade de Educação da UERJ, e o cineasta guarani Miguel Vera Mirim.


O NPD concederá certificado de horas de atividade complementar para os estudantes que comparecerem ao evento.


O Solar do Jambeiro fica na Rua Presidente Domiciano, 195, Ingá, Niterói. Telefone: 2109-2222.