“Para converter-se em um sábio é necessário transitar pelo caminho do guerreiro. Um guerreiro não é alguém que vai à guerra matar pessoas e sim aquele que demonstra integridade em todas as suas ações e um controle sobre sua própria pessoa. Um guerreiro vive cada momento de sua vida, sem orientar-se pela complacência ou pelo lamento, sem ganhar ou perder, está sempre alerta e lúcido a tudo que o rodeia. Age com abandono de si mesmo de maneira impecável.
A impecabilidade do guerreiro evoca uma atitude interior, uma luz que se aproxima notavelmente da humildade e a aceitação de viver imerso na eternidade, transformando cada circunstância vital em um desafio vivo e sincero. Ninguém nasce guerreiro. O caminho continua até o final de nossas vidas.”
Carlos Castañeda.
Vivemos diariamente batalhas em nossas vidas, sejam elas por coisas simples, sejam elas pelo ato de respirar. Cada suor, sangue e lágrima conhecem o caminho da luta e reconhecem o peso da derrota. Somos refeitos pelas nossas perdas e é delas que vamos falar um pouco.
Perder faz parte da vida – coisa que a gente tende a escutar demais – mas em suma é uma verdade intangível que afirma que vamos ser derrotados. Talvez pelas ações de outras pessoas ou em outras ocasiões por nós mesmo. Contudo perder é também aprender e para isso devemos afinar nossos espíritos como guerreiros. Se a morte é inevitável como a sensação de se sentir derrotado podemos retirar disso a essência para continuar a vida.
Resumindo de forma mais simples diria que quando perdemos, podemos perder como guerreiros. Sem lamentações ou hesitações, sabendo que da mesma forma outro dia vai nascer amanhã.
A diferença entre um guerreiro e um pequeno tirano não está em suas vitórias e sim em suas derrotas. Um guerreiro está preparado pra elas, sabe que uma vida sem elas não é possível e as aceita. Por outro lado, um pequeno tirano se alimenta de suas derrotas, entra em negatividade constante e acaba oprimindo a si próprio e aos seus próximos.
Como foi bem visualizado na mitologia do filme Matrix se você não é um desperto acaba sendo um agente em potencial.
Perca como guerreiro, não seja um pequeno tirano na sua vida e na dos outros.
Um pouco de som de mulheres belas mas nem por isso recatadas e do lar. Talvez bacantes, selváticas e mulheres do fim do mundo.
"Quebrei a cara e me livrei do resto dessa vida Na avenida dura até o fim Mulher do fim do mundo Eu sou e vou até o fim cantar"
Se ela é a mulher do fim do mundo ela vai cantar enquanto puder até o fim do mundo foda se a vida até o fim do mundo. Nada melhor do que isso na voz de Elza.
"Mulher, tua apatia te mata
Não queria de graça
O que nem você dá pra você, mulher Hoje eu não quero falar de beleza Eu sou um monstro"
A selvática Karina Buhr lembra para as mulheres que elas são mais do que apenas objeto e sim sujeito que não precisa se sujeitar. Elas podem ser tudo até selváticas e monstros...
"Mate você
Mesmo
Coma do seu morto
Desalinhe o corpo
Fique louco
Tome espaço do Estado, da polícia, da NSA
Da mulher maravilha
E meta um grelo na geopolítica"
Ava metendo um grelo na geopolítica no corpo no estado na polícia. Mate você mesmo , mude , se reinvente.
A vida em seus métodos diz calma Vai com calma, você vai chegar Se existe desespero é contra a calma, é E sem ter calma nada você vai encontrar
A Vida Em Seus Métodos Diz Calma - Di Melo
Certa vez vendo um documentário sobre Jazz um dos críticos afirmou que Duke Ellington tinha suingue como artista musical. Bem na primeira vez que escutei o CD do Di Melo eu compreendi realmente o que isso significava. Na minha frente estava uma obra musical com suingue e muito mais.
Ah, ele que dizia que queria morrer doce, Quando o mundo acabasse em mel
Mel
Ah, ele que dizia que queria morrer doce, Quando o mundo acabasse em mel Mel, mel, mel, mel
Se o Mundo Acabasse em Mel - Di Melo
O CD homônimo de Di Melo foi lançado no meado de 1975 mas de lá até hoje temos uma obra atual, vibrante e cheia de energia. Funk, MPB e até pitadas de tango e mantra. Bem como eu afirmei acima o cara tem muito suingue.
O joão que se mata vivendo de amor Pedindo uma esmola, fazendo favor Que vende uma escada e compra uma esteira E deita na praia e na companheira Mas que se arrepende no dia seguinte Perante os amigos na mesa de uma bar E é tão conhecido esse tipo de gente
João - Di Melo
Escutando esse som a pergunta que não quer calar é o cara tá vivo? Morreu ? Sumiu ?
Em 2009 foi feito um documentário sobre Di Melo intitulado O Imorrível e nele temos um Di Melo mais velho mas nem por isso irônico, criativo e afinal vivo.
Se a coisa toda já estava doce como mel agora Di Melo lança novo CD na praça após 40 anos ele reaparece. Podemos esperar tudo desse grande artista o que não podemos é deixar de escutá-lo.
O cineclube Cine Nikiti exibe neste mês o documentário “A Nação Que Não Esperou Por Deus”, de Lucia Murat e Rodrigo Hinrichsen, em comemoração ao Dia do Índio (19 de abril). Ele será apresentado no dia 20 de abril, quarta-feira, às 19h, no Solar do Jambeiro, com entrada gratuita.
Antes de “A Nação Que Não Esperou Por Deus”, será exibido o curta-metragem “Choro da Terra”, de Alberto Alvares. Após a sessão haverá debate sobre a questão indígena com o Prof. Dr. Paulo de Tássio*, da Faculdade de Educação da UERJ, e o cineasta guarani Miguel Vera Mirim.
O NPD concederá certificado de horas de atividade complementar para os estudantes que comparecerem ao evento.
O Solar do Jambeiro fica na Rua Presidente Domiciano, 195, Ingá, Niterói. Telefone: 2109-2222.