quarta-feira, 17 de julho de 2013

Um messias Indeciso





 Terminei a leitura nesses dias desse livro do autor Richard Bach e fiquei surpreso a principio com a coincidência inesperada. Quando era pequeno tive um livro desse mesmo autor nas mãos, Fernão Capelo Gaivota, um dos muitos livros da estante da minha mama. Os dois falam de voar, mas não apenas no sentido literal da palavra.

"- Alguns de nós começamos a aprender essas coisas pelo subconsciente. A
nossa mente desperta não as aceita, de modo que fazemos os nossos milagres
enquanto dormimos..."

O livro fala do encontro com um messias, que mostra nos seus atos que todos podemos ser iluminados, mas talvez não queiramos esse fardo...

"Se
você treinar
para ser uma ficção
por algum tempo, compreenderá
que os personagens de ficção às
vezes são mais reais do que
pessoas de carne e osso
e corações pulsando."

O livro é pequeno, de rápida leitura mas nem por isso simples ou raso, tem uma bela sintonia e é recheada de frases de um manual, o manual do messias.

"Não fique
triste nas despedidas.
Uma despedida é necessária antes
de vocês poderem se encontrar
outra vez.
E se encontrar de novo,
depois de momentos ou
de vidas, é certo para
os que são
amigos."

Estava o terminando quando deixei de pensar em coincidência e notei ao escutar um cd do Raul Seixas Metro Linha 743 a música: Um messias indeciso...



Não existem coincidências ...

Tive o prazer de rever nesse período um filme bem mágico: Os Homens que encaravam cabras. Vale a pena conferir e quem sabe querer se tornar um Jedi.






"A marca
de sua ignorância é a profundidade
da sua crença na injustiça
e na tragédia.
O que a lagarta
chama de fim do mundo,
o mestre chama de
borboleta."




Recomendohttp://www.hippies.com.br/


Thiago "Plaz" Mendes


MudraSavra



quarta-feira, 10 de julho de 2013

Biografias


Biografias


Espelho, espelho meu existe alguém com mais contatos do que eu?

    O problema das biografias antigas é que não é possível validar suas letras, afinal o assunto já morreu. E quanto às novas faltam ideias e sobra assunto, todo mundo tem uma, o Justin Biber possui uma biografia, sinal dos tempos, documento que serve apenas para os fãs mais perigosos e atesta o mal do século, o culto da personalidade. Parece que a mediocridade é o marco onde a humanidade se pode fundar, pois a vida verdadeira é cada vez mais rara. O contato humano é sistematizado por redes sociais. Estruturando nossas escolhas de amigos para que os mesmos não nos decepcionem, como se acaso, a ideia de amigo seria igual a um produto eletrônico. Lapidando nossas personalidades pela norma, para que todos nós nos pareçamos o mais normal possível, zero de diversidade, ou chamamos ela agora de:
Eu Gosto!
 Eu Como!
 Torço pra tal time.

      Como alguns pensadores refletiram: no corpo esta a salvação e não a maldição que o marginalizava. Mais o que vemos é como espelhos, a imagem invertida. Dietas em todas as revistas e bumbuns estampados com “malhe o seu” para ter um perfeito sucesso ou braços e abdomens rígidos (como a mente dessas pessoas), esqueça a mente é no corpo a satisfação. O êxtase é simplesmente comprar um carro importado ou comer uma modelo televisionada. Mais o sucesso é necessariamente jovem, precisa ser. Como nas redes sociais a pseudopersonalidade é bem vista, um alvo a se buscar, uma meta a alcançar. Não o super-homem mais quem sabe o supercorpo. Para os espíritos de pouca visão recomendo uma biografia autorizada de uma estrela pop quaisquer.


Thiago Mendes

terça-feira, 9 de julho de 2013

Diário de bordô do Plaz



A caixa fudida 



Acordei feliz pela noite quente e divertida com Mandy e pela conta de luz mais barata, afinal ser desempregado é um estado de espirito e com os trocados mais soltos dava pra comprar um vinho pelo frio que congela da janela. Fui ao centro

O centro é um lugar fudido de estranho, todo mundo quer morar lá e depois que todo mundo está lá parece que todos se odeiam mutuamente. coisa estranha, a fila da caixa é enorme, meia volta
e fui atrás de outro caixa, fila big enorme, meia volta
voltei ao início.

O centro é o meu eixo e o final da fila, que atravessa a rua ao lado dos biscoitos e dos brinquedos, na minha frente uma corredora de pista. Durante a primeira hora a sensação que perpassa é o quanto podemos ficar em pé.

Nada de correr ou caminhar.
ficar de pé.
parado.
feito estátua, mas não daquelas que ganham dinheiro, no caso vamos perder dinheiro.
pagar as contas.
cortar gastos.

A fila da míseros passos no decorrer da aventura, a corredora partiu já e na minha frente um feliz casal pelos beijos e abraços. Quando consegui me aproximar do guichê descubro que o sistema tá fora do ar e embora as caixas sejam federais e blindadas os computadores são uma merda e precisamos ligar para reclamar.

Consumindo nossas energias
Consumindo nossos trocados
Consumindo
Consumir
em três, dois, um ...

Um sujeito baba espuma reclama fica puto da ataque quer policia vergonha cidadão tratado que nem lixo conserta essa porra pago minhas contas foda se quem quiser não saio da fila me tira daqui.

Neste instante comecei a sentir a perna doer não cura da mania de correr e como corredor sou uma merda.

O cara puto razão de trabalhador se foi e minha vez se aproxima, o casal discute quer jogar um bolão ou coisa do gênero, tem tantos jogos e pouco sistema que fico puto com a demora, mas buda me pisca ao longe e sorrio.

Pago a conta, não quero jogar nada, saio dali com a sorte de alguns trocados e rumo ao vinho.



Por que prefiro jogar com meus dados.



Plaz Mendes

A luta foi o camarão



      Quando o prato chegou esfumaçando os pensamentos incompreendidos pelo copo cheio vazio de cerveja, pensei nos camarões enormes ali na minha frente. Mandy com sua eloquência explicou enquanto destroçava alguns amiguinhos que eles são chamados de limpadores do oceano.

Tipo gari?
Empanados
Tipo lixeiros?
Ao alho e óleo
Limpar o inferno?
Ao molho tártaro.

Desfrutamos dos frutos do mar socializados e escancarados com suas peles que dão trabalho pra cacete de tirar e meu prato se enche de pelinhas e resolvo engolir alguns pra diminuir o trabalho e liberar o copo vazio cheio vazio de cerveja.

Chego à casa, animado pronto para a festa niver luta do spider ridículo como ele desviou e eis que meu beiço começa a inchar e fico a cara de algum astro de Hollywood ou quero sentir inveja da Jolie mas não posso mais por que ele é capaz de estourar e Hero aparece e salva-nos voando pela pista rumo ao socorro cheio de policias com cara de mau armados ate dos dentes e mal sinto os meus rente ao espelho da recepção. Mandy recita meus documentos enquanto entro e quero sair entro no socorro e sou encarado por um senhor com cara de velho, mas com diploma de médico que pede calma e recita Fenargan enquanto um dos meus olhos vê ao longe um sujeito sujo sangue desmaiado e fito à agulha e a enfermeira consegue ver através do meu espírito e pensa que não estou sozinho Estou transtornado chapado cervejeiro cigarro e ainda quero ver a porra da luta apenas pra saber que o aranha vai cair da teia feito mosquito queixo de vidro minha bunda não tem vergonha a enfermeira não gosta coloca a mão diz que Jesus me ama e ali com a bunda aparecendo não sinto nada pois acabou tudo levanta essa porra e saí surpreso com a mão de anjo da senhora.

Demora algumas horas e posso ir ao niver e posso ver o campeão perdendo seu cinturão feito palhaço e destaco aqui que a noite foi divertida, contudo o camarão não e o fenergan não serve pra operar máquinas e beber também não porem o Mau Mau foi tranqüilo e vivo pensando que a tal aranha entrou fenargado no ringue e perdeu para o mosquito. Lembrei que ao olhar para meu prato pensei com os diabos comemos insetos do mar. Mandy repete inseto não limpador dos oceanos. Nem todo fruto é doce.

Plaz Mendes



segunda-feira, 8 de julho de 2013

Beat II



                                                                II



           Todas as mulheres que carregam coisas, pesadas coisas, para vender e dar o que digerir para seus filhos xingados no transito, e seus fudidores estão num boteco tirando gosto e um repeteco do seu veneno predileto ao nosso lado da mesa, pois na verdade queremos revolução e vamos começar por baixo, pelos perdedores que somos;
Todos os palhaços de faculdade já que lá é o novo circo e eles apresentam um novo show, como pegar piranha burra sedenta por carro roubado, ou como ser estúpido e admirado, ou como pagar em dólar sem nem saber do que se trata a nota, fiscal ou real, ou como fazer fama falando mal dos sem dentes da esquina em frente, pedindo esmola e tomando sola dos sapatos que desfilam caros, raros, na pista descrita como o corredor ou antro de imbecil bem vestido ou passarela de moda como queiram chamar uma nova escola;
Todos que querem virar a lua, e sentir nascer um novo dia melhor ou pior, apenas mais um onde Violet vai acender um cigarro, ou Werther vai declamar uma poesia ou vai falar qualquer besteira social, no fundo verdade mal ouvida e interrompida pelo karaokê onde um filho da farinha canta Dona sem saber que tua dona o espera para fazer sexo ou limpar sua bunda suja de merda já que Bruce dorme pensando no Garbage ou nas pernas da musa do bairro Karol, Carol, Shirley, todas parecidas e confundidas com a negra fumaça que sai da boca da vadia de cabelo vermelho, ou como chamam os íntimos: Violet;
Todos aqueles que se sentem uma merda de manhã, quando estão catando merda de chifrudo, somos um bando de chifrudos esperando achar bologumelos para nossa viagem cósmica e depois já estamos na casa de nossas varias mães que receitam dipirona para nossas crises solares ou já paramos na casa de Brenda e percebo minha loucura por estar vendo Julia Roberts ou já estou em sala e vejo Penélope Cruz e quase quero beijá-la, mas minha atual ex-namorada é ciumenta e acima de tudo ela está ao meu lado;
Todos as crianças de olhar Harry Potter, que a sociedade chama de retardados, que os hipócritas chamam de especiais e que eu chamo simplesmente de crianças;
Todas as Unos, cheias de veados que perseguem Fumaça e Plaz na avenida de ossos gringos, e corremos dos chupadores, assustados com nossas canelas tremendo e Fumaça diz que não passa mais nesse caminho, e Plaz retorqui por que sua garota mora perto dos ossos de símbolo indecifrável
Todos os parasitas que vendem sangue derramado, eles não tem culpa, pois seus donos querem apenas dinheiro, fuck you money, seus desgraçados que dizem para os filhos dos outros ralarem vendendo qualquer porcaria comestível com seus palhaços de brinde, enquanto temos que fingir sorrir de dor por trabalhar mais de oito horas e ganhar uma miséria chamada salário mínimo, só rindo (sorry Rubem); e seus filhos estão parando seus carros luxuriantes e pedindo mais batata frita!
Todos nos que pensamos feitos loucos, pois somos lunáticos mesmo, e depois vemos nossas idéias sendo roubadas no cinema, merda Fumaça pensou tanto, queimou tanto e vê perplexo sua cena no filme de Tarantino, pelo menos é o Quentin e então vamos tomar todas até de manhã  no clitobar ou em qualquer suporte para nossos fiados intermináveis.


Plaz Mendes.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Hipopótamos




Tão profundo como um copo de cerveja, porém intenso como numa mesa cheia de amigos.

Cultura de bar

Plaz Mendes.






Hipopótamos & Pombos




21:00




     Andei sem qualquer rumo pisando nos cascalhos do chão, paralelepípedos que levavam a um belo jardim, cheio de pequenos cogumelos, contudo venenosos. Pernas, carros, buzinas, patas. Fiquei parado diante daquela grande casa de Deus...Penso se acaso haveria uma vaga para o que outrora chamaria de circo. O carnivale humano, com seus personagens bizarros, não um anão, mas todos nós perante um gigante. O frio entorpecia meus músculos e gelava minha cabeça, conduzia-a rumo a acontecimentos antigos, esquecidos, apagados como num grande quadro negro. Dói rever o passado quando defendíamos um conceito e mudamos, porém isso dever ser aceito como evolução, progresso ou experiência, afinal não nascemos prontos como aquelas comidas microondas. Congela e descongela. Não tenho gordura suficiente para hibernar aqui fora. Start e end, meu fim se aproxima. Amar e odiar, um nome martela minha mente, não consigo esquecer o processo. Os rostos na rua atrás da salvação, quem não busca algo similar?

Na verdade relembro em minha mente as pessoas que pintaram de muitas cores my life. A garota do sorvete de creme. Os sujos pombos do telhado ao lado. Os vícios/virtudes dos garotos. Somos a geração perdida. Punk ou funk. A maldita maldição nos consumiu ate o ultimo pedaço. Perdemos nossos deuses em nome de algum comercial. Os meus amigos e seus dilemas e reparo num espaço vago. Falta algo além do calor, relato, um livrinho de anotações. Coisa mais profunda, amor?

Ou seria apenas fome a reclamar um extenso estômago vazio?



23:00



Estamos num bar, conversando e bebendo nossas cervas. O estabelecimento e pensão “Manu lanches”, um careca esposo de uma gostosa bunda e par de seios murchos como as batatas fritas da porção que mastigo. Meus três únicos amigos juntos. O amor da minha vida entre eles, e que se diga logo um enigma decifrá-la.

Ela que por sinal namora meu parceiro de toda hora. Imagina a confusão alcoólica que isso pode proporcionar ao meu nada fastio corpo.

Mesa 3.

Unidos a espera de ir ao banheiro, ansiosos por sua vez. Brizola chega da rua e vai ao mictório.

Entrega pronta.

Inicio.

Apaga e abre a porta, meu momento chegou de entrar e logo em seguida sair. Minha balada não dura exatos cinco minutos, o prazer acaba com a sensação de tempo. Uma grande rotina para qualquer olhar menos distraído, mas também o que se espera de um boteco cheio de rostos distorcidos por fumaça e cachaça. Sentados num boteco sexta feira perdendo nossas vidas, nosso dinheiro, fígados, ganhando o ônus da morte. Apaga e abre, apaga e abre o eterno jogo da vida, nascer e morrer, minha vez de novo. Rimos conversando com nossos supostos colegas de bar, na maioria homens perdidos num copo aguardente querendo demonstrar um pouco de capacidade na frente de quatro jovens com a idade dos seus filhos. Jogando conversa fora, já passou da meia noite;

Sábado.

Jonas parece tenso no decorrer da noite. A agradável ciranda da porta parece irritá-lo. Quieto ele continua e nem entra no mictório. Da sua boca algo reflexivo, distante; quem sabe religioso ou simplesmente complicado. Não o respondo ocupado com as pernas de K... E o apaga e abre. Al grita palavras de ordem para animá-lo. O suor escorre pela testa e noto como a coisa ta ruim ou boa pela felicidade dos rostos conhecidos, menos é claro Jonas. Que desfere um olhar de ira ao joguinho divertido, ao nosso habito e imaginar para descrença geral que ele próprio inventou todo o esquema. Apaga e abre, levanta e corre;

Foi?

Sumiu?

O pessoal atônito pelo amigo. A musica não para de rolar maquina barulhenta e o grande bumbum samba. A cascata nunca deixa o copo vazio, tento tirar K... Das minhas cabeças e me questiono: Jonas?


O silêncio predomina no resto da mesa, o pó dura apenas 2/4 dela. Cerva, nicotina e amendoins completam o 2/4 que restam da noite. E minha vez de cheirar, e minha vez de ir ao banheiro. Apaga e abre, apaga e abre.



...continua


publicado originalmente no http://www.wattpad.com/20020296-hipop%C3%B3tamos#.UdSU5vlwra4

Thiago Mendes

terça-feira, 2 de julho de 2013

Canção popular brasileira



O circo acabou
Brasil campeão
Da saúde
Não!
Vamos todos juntos cantar
Salve a seleção
Sálvia
Não!
Palmas para o campeão
Da competição
Livre da Espanha
Da pobreza
Não!
Vamos unidos nessa canção
Celebrar as chuteiras
Dando um chute na educação
Brasil campeão
Oportunista lá
Espremido aqui.
Por ora
PORRA!



Thiago Mendes