II
Todas as mulheres que
carregam coisas, pesadas coisas, para vender e dar o que digerir para seus
filhos xingados no transito, e seus fudidores estão num boteco tirando gosto e
um repeteco do seu veneno predileto ao nosso lado da mesa, pois na verdade
queremos revolução e vamos começar por baixo, pelos perdedores que somos;
Todos os palhaços de
faculdade já que lá é o novo circo e eles apresentam um novo show, como pegar
piranha burra sedenta por carro roubado, ou como ser estúpido e admirado, ou
como pagar em dólar sem nem saber do que se trata a nota, fiscal ou real, ou
como fazer fama falando mal dos sem dentes da esquina em frente, pedindo esmola
e tomando sola dos sapatos que desfilam caros, raros, na pista descrita como o
corredor ou antro de imbecil bem vestido ou passarela de moda como queiram
chamar uma nova escola;
Todos que querem virar a lua,
e sentir nascer um novo dia melhor ou pior, apenas mais um onde Violet vai
acender um cigarro, ou Werther vai declamar uma poesia ou
vai falar qualquer besteira social, no fundo verdade mal ouvida e interrompida
pelo karaokê onde um filho da farinha canta Dona sem saber que tua dona o
espera para fazer sexo ou limpar sua bunda suja de merda já que Bruce dorme
pensando no Garbage ou nas pernas da musa do bairro Karol, Carol, Shirley,
todas parecidas e confundidas com a negra fumaça que sai da boca da vadia de
cabelo vermelho, ou como chamam os íntimos: Violet;
Todos aqueles que se sentem
uma merda de manhã, quando estão catando merda de chifrudo, somos um bando de
chifrudos esperando achar bologumelos para nossa viagem cósmica e depois já
estamos na casa de nossas varias mães que receitam dipirona para nossas crises
solares ou já paramos na casa de Brenda e percebo minha loucura por estar vendo
Julia Roberts ou já estou em sala e vejo Penélope Cruz e quase quero beijá-la,
mas minha atual ex-namorada é ciumenta e acima de tudo ela está ao meu lado;
Todos as crianças de olhar
Harry Potter, que a sociedade chama de retardados, que os hipócritas chamam de
especiais e que eu chamo simplesmente de crianças;
Todas as Unos, cheias de
veados que perseguem Fumaça e Plaz na avenida de ossos gringos, e corremos dos
chupadores, assustados com nossas canelas tremendo e Fumaça diz que não passa
mais nesse caminho, e Plaz retorqui por que sua garota mora perto dos ossos de
símbolo indecifrável
Todos os parasitas que vendem
sangue derramado, eles não tem culpa, pois seus donos querem apenas dinheiro,
fuck you money, seus desgraçados que dizem para os filhos dos outros ralarem
vendendo qualquer porcaria comestível com seus palhaços de brinde, enquanto
temos que fingir sorrir de dor por trabalhar mais de oito horas e ganhar uma
miséria chamada salário mínimo, só rindo (sorry Rubem); e seus filhos estão
parando seus carros luxuriantes e pedindo mais batata frita!
Todos nos que pensamos feitos
loucos, pois somos lunáticos mesmo, e depois vemos nossas idéias sendo roubadas
no cinema, merda Fumaça pensou tanto, queimou tanto e vê perplexo sua cena no filme
de Tarantino, pelo menos é o Quentin e então vamos tomar todas até de
manhã no clitobar ou em qualquer suporte
para nossos fiados intermináveis.
Plaz Mendes.
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