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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Segunda#Feira



 


Vai dormir sem ventilador
Acordar sem água.
Condição: enlatada.
Condução sem ar condicionado.
Calor desgraçado.
Chuvas: desgraças!
Vai trabalhar sem graça.
Suor, sangue e lágrimas.


A cor da grana é vermelha.
O estresse é necessário.
O relógio é utilitário.
O sucesso é almejado.
Suor, sangue e lágrimas.


Chega em casa: cansado!
Reclama da vida e do trabalho.
Os filhos choram.
a esposa chora.
os bichos chiam.
Na televisão um monte de reclamão.
Reclama do país.
Reclama do mundo;
Reclama do reclamar;
Declaram guerra a outras forma de amar.
A dor irradia.
Suor, sangue e lágrimas.
Amanhã, por favor.
Amanhã, se deus quiser;
Se o coração aguentar;
Se o pulmão não estourar;
Será terça-feira;
Suor, sangue e lágrimas!




Thiago "WorkArte" Mendes

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Hipopótamo #8



Obra de Escher




Copa do mundo!





             Jogo da seleção patriótica acompanhado de Jonas num bar tela de plasma. K-rol e Alberto haviam marcado um motel beira de estrada. Fogos e gritos, gol do Brasil para a felicidade dos meus companheiros do estabelecimento. Um potente cheiro me persegue;

Gozo?

Sinto de longe o teor. Será essência escorrida das pernas?

Afinal masturbava-me no canto do Box mentalizando os seios de K, antes de Jonas bater na porta gritando sobre a estreia dos canarinhos.

Alguém morreu no banheiro ou de lá mesmo alguma menina engole pela boca?

Hesitações, sentado de frente a uma Faraday que constata fácil goleada pelas estrelas do nosso futebol.

Delírio nacional.

Duvida aparente na mente na torcida;

Vai ser fácil levar o troféu?

Donde provinha o aroma carnal?

Nem de longe dos desinfetantes tóxicos das empregadas que ali se encontravam, nem da naftalina exposta no banheiro.

Muito menos das plantas de plástico que revestiam o ambiente verde, samba, azul, mulata.

Tão pouco das batatas fritas no meio da mesa molhadas pela espuma corrente dos copos de cerva barata.

Por um instante entre a euforia do povo, alegria de mais uma vitória democrática. O salário broxante, contudo teremos orgasmos pela pátria das chuteiras de milhões de dólares. Pólvora com fragrância do contentamento das caras pintadas, camisas amarelas, crianças hepáticas. Risos amarelos do café servido de graça.

Felicidade não se compra?

Consome-se como café barato!

Pólvora que não mata, morre apenas na minha cabeça no segundo tempo o forte perfume de porra, que Suskind sinta;

Seu assassino teria prazer por nós.


08:31



      Imagine uma roupa de gala. Elegante, finíssima, ousada e sempre na moda.

Mas.

Pense agora neste mesmo traje sendo visto como trapo velho de um mendigo, o que houve com o galã?

Quem importa... A roupa que vestimos ou quem nós somos?

Que olhos julgadores dirão ao certo o que devemos fazer

O que devemos ser?

O tempo esgotou ou ela perde o sentido que outrora possuía.

A roupa.

A vida será assim também?

Quiçá um sentido haver.

Agora olhe os pombos como uma grande analogia.

Durante guerras eles são vistos como heróis atravessando de um lado para o outro, arriscando suas penas.

Contudo mundo muda e enxotados pela alcunha de ratos de asas.

Era a guerra sua indumentária existencial?

Ou eles devem cortar suas asas para despistarem os olhares críticos?

Um livro relatando suas vidas destruídas, uma família de pombos onde o avô é um ex-soldado e o seu neto um mendigo que cata lixo junto a seus pares punks. Tristeza contida nas gerações.

Sobrenome que no passado lembrava algo mais nobre e importante. Hoje em dia nem um prato de comida daria pra ganhar com ele.

Imaginou?

Pois esse é meu livro, a grande inspiração que tive pela fresta fumando meu cigarro. Essa ideia que tive aos vê-los no telhado alheio. Claro que envenenei o sangue para melhor visualizar toda a cena. Felicidade percorria cada parte do meu grande corpo e pela primeira vez entendi o significado maior de toda aquela gordura, toxina, perversão. Ganhar dinheiro escrevendo coisas alternativas pingando o verdadeiro semblante da nossa sociedade.

Fútil e preconceituosa!

Portanto não foi surpresa nenhuma para este novo autor quando li o roteiro ao meu professor e ele indicou-me um psicólogo cujo passatempo era afirmar sermos irmãos pelos cogumelos adquiridos ao som do Pink Floyd. Matrícula trancada na faculdade sem previsão de retorno as letras. Família chocada quando descobriu maconha no quarto e pulmão ferrado do filhinho. Menos mal que guardei o pó e o final da historia para mais tarde.


19:53



              No dia seguinte descobri o motivo de sua brusca saída do Manu lanches, o rosto sem cor, paralisado, distante de todos há dias. De inicio não pude crer naquilo de que se tratava. Jonas renunciara sua antiga vida, seus vícios e hábitos para adentrar, na mesma igreja da sua mãe. E de tão agradecida pelo milagre resolveu doar todo o dinheiro da pensão para as obras.

Deus agradece!

Jonas dissera que ouvira vozes nestas ultimas semanas ordenando salvação da alma ou perdição eterna no inferno. O ser celestial chamava-se também Jonas. Na verdade seu anjo da guarda, porque mais tarde sua mãe contara numa certa manhã cujos raios solares batiam em seu rosto e pela janela ela viu uma criatura cheia de paz. Esta mesma imagem escolheu o nome de batismo do filho dela.

Jonas.

A coisa começa a ficar complexa!

Jonas ajoelhou e prometia ao narrador seguir um caminho puro e santo. Largaria qualquer empecilho de sua diretriz básica.

Visões aladas, loucura, efeito de algum bosta de vaca, ele sempre teve uma força de vontade diferenciada.

Ainda criança Jonas assistiu ao um documentário sobre animais maltratados no abatedouro. Nunca mais comeu carne.

Sempre travesso sempre soltava galinhas das suas prisões e odiava pet shops.

Ninguém notava essas atitudes por que ele não as realizava para ser lembrado como herói.

Comum ele dizer que consistia em obrigação.

Apesar das estatísticas contra um pesado viciado que fora Jonas por toda sua vida, passado. Não botou coisa alguma mais no nariz ou na boca.

Qualquer coisa mesmo, visto que tinha habito de cheirar café quando assustado descobria que a coca acabara.

Perdia neste momento um primo e amigo para deus e sua corja de adoradores.

O que poderia servir para ajudar trouxe apenas ódio ao peito e uma verdade.




Por Thiago Mendes

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Beat IV


Ginsberg


Eu não sou seu brinquedo de estimação
Não sou seu judeu que vai para fornalha
Não sou seu negro espancado por carecas filhos da puta do abc
Que espécie de abcdário é esse.
Com A, escrevo amputar.
Com B de bater.
Com consentimento.
Diário.
Você bate em seus filhos que não são filhos da puta, mas da madre que puta, pois deixa que eles apanhem do pai aquele careca que não mora no abc, mas é um filho da puta por bater em seus filhos pequenos, quase brinquedos em suas mãos desgraçadas, sujas de sangue humano como seus governantes, sujas de sangue que aquele idiota cisma em chamar de sangue negro, dói ver essa tolice ainda nos dias de hoje e ver um jovem negro tendo o braço amputado por fascista, racistas, nazistas eu quero é mais que se foda; que a extrema excomunhão os alcance que o diabo os amanse que adianta tudo isso?
Que adianta falar para o vento e pedir para ele fazer a curva e repete teimosamente que não pode se não pode mudar seu próprio destino, não pode nada, você não pode nada como posso mudar meu destino cruel, não posso nada!
Posso escrever sem parar, posso e devo sem parar sem parar sobre seus malditos vícios de matar as pessoas, matar de fome, matar de esperança, matar de vergonha, matar e matar.
Amar que é bom acabou, mas se você quiser temos aqui um pouco de fome e pena, deve resolver seu caso ou se tiver paciência pode consultar nossos arquivos onde existe uma ótima rosa de Hiroshima para seu divertimento pessoal, quanto quer levar?
Eu não sou seu brinquedo de matar;
Eu não venero seu deus comercial das nove horas
Eu não vou perder minha esperança só por que sua pequena lança perfura meu coração todos os dias,
Todos os meses de ano,
Todos os intervalos de novela
Eu sou negro, sou judeu, sou gay, sou o que você não quer para seus filhos;
Sou mulher;
Sou árabe
Sou chinês;
Sou a porra toda na qual você quer jogar sua maldita bomba

Bomba atômica.

Bomba sentimental
Bomba que explode nos pobres
Jogando-os em qualquer esquina
Qualquer esgoto
Ou viaduto;
Enquanto estou com meus amigos num bar qualquer bebendo qualquer cerva com um mata rato na boca, estamos aqui, mas não pense que estamos indefesos contra sua ira social, estamos prontos para o que der e vier; não se esqueça disso, liberdade não se compra se conquista, estamos prontos e você esta?
Você está pronto para perder seu domínio?
 Está pronto para um mundo sem ilusões?
Estará?
Veremos como consegue reagir a isso
Ao terror de uma juventude insana
Presa em gaiolas por tempo de mais
Tempo demais;
Pronta para recuperar;
A vida;
A verdadeira vida


Plaz Mendes.

sábado, 1 de março de 2014

Momentos...






São as pequenas coisas que germinam significado para a vida. Todos somos artistas, se não de uma obra reconhecida, ao menos de nossa vida.


Plaz Mendes

sábado, 25 de janeiro de 2014

Diário de bordô do Plaz #2014





23/01/14


Reparei esses dias que to cheio de isqueiros escondidos pela casa, e que graças a deus nenhum deles eu roubei.
Não que eu seja um cleptomaníaco como uns heróis por aí, mas meus amigos sempre me condenaram por roubar seus isqueiros.
Que mania louca de esquecer, né? É acender mais um cigarro e puf! Mais um isqueiro pra coleção.
Esses isqueiros espalhados pelos quartos. Comprei-os todos. A razão?
Não sei...
O que fazer com eles?
Bem... Acender mais um. Poderia usar a cada dia um novo fluido, porém não vou fazer essa desgraça. Por que não me lembraria dessas merdas mesmo.
Isqueiros são para nós como os lenços são para os antigos.
Em vez de cuspir, acendo.

Descobri também a custo de algumas noites solitárias com a caneca do lado, que gosto de gente que bebe.
Simples.
Tenho medo daqueles que sentam numa mesa de bar e não consomem nada alcoólico.
Como saber se eles são demônios do lazer ou anjos safados?
Capazes de quebrar a banca em cassinos imaginários ou vesanos ardentes de desejo pela grana?
Ok, eles não necessitam de um isqueiro no bolso.
Mas pelo menos... Tem gente que anda com eles e não fuma.
Acho foda!
É um item muito importante para qualquer mochileiro das galáxias que se preze;
Caro Hero, me lembrou do alho.

E não se esqueçam de suas toalhas.


Vogelfrei


Grato à Mandy e aos amigos Jess & Hero.


MudraSavra

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Procurando Sugar Man










Sou totalmente fã de documentários, e a pouco tempo vi um que realmente eu preciso recomendar a todos os leitores desse humilde blog.


O doc se chama, a "A procura de Sugar Man", e é simplesmente espetacular, capaz de fazer você que ai esta sentado repensar sua vida.

Resumo:   Um cantor que para todos os produtores era comparado a Bob Dylan, lançou dois discos nos E.U.A contudo não fez nenhum sucesso, rumores sobre ele afirmam a morte do cantor por suicídio,porem o que ninguém esperava é o seu enorme sucesso do outro lado do continente, na África do Sul.  No país do apartheid, ferozmente conservador, Rodriguez torna-se uma voz de rebeldia e de esperança. Entre nessa jornada em busca do Sugar Man.

Vale todas as penas ver esse doc.


Vencedor de 22 prêmios de melhor documentário de 2012, como o Oscar, o BAFTA, Sundance, além de outras 14 indicações.


Uma música para entrar no clima:






Aproveitem ....



Plaz Mendes







sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O tolo e a iluminação




          Um dos possíveis significados para o tolo em nossa sociedade moderna seria a de que esta pessoa não consegue viver num mundo competitivo, ou seu pouco ou nenhum desejo pelo acumulo de dinheiro. Talvez sejam como crianças em meio ao caos dos adultos. Seu foco pode parecer nulo e uma palavra como ambição perdida nos confins dos seus gestos e atos.


      Os filmes embora como metáforas podem ( e muitas vezes) devem refletir estados de nosso grandioso mistério nesse universo. Quer sejamos carbono ou espirito é sempre interessante notar alguns filmes que tem como qualidade desbravar novos conceitos e retirar o véu da nossa vista.

 Forrest Gump é um desses filmes.



http://www.blogueirashame.com.br/2012/04/pose-lyndra-do-dia.html#.UkXheoZwofo




            Não vou ficar aqui falando do filme, visto recentemente numa madrugada divertida, porem o que mais me chamou a atenção a ele, é o fato de se tratar de um tolo, o personagem principal. 

           Nas minhas peregrinações pela rede encontrei um vídeo de Eckhart Tolle, escritor alemão de livros sobre iluminação espiritual, e eis que num dos vídeos dele, ele fala justamente sobre o Tolo e a Iluminação.

        O vídeo começa com uma pergunta bem simples: "Pode um tolo alcançar a iluminação ?"  O resultado por vezes, seja a ser engraçado, quando Eckhart trabalha com a resposta, contudo existe ali algo mais profundo, quem sabe facilitado no próprio filme:






" Eu to te explicando pra te confundir, eu to te confundido pra te esclarecer, to iluminado pra poder cegar, to ficando cego para poder guiar"                        Tom Zé




Plaz Mendes