Mostrando postagens com marcador Generation. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Generation. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Beat V



Burroughs




Eu não sou seu animal de estimação
Nem seu brinquedo de exportação
Não caminho por lindos lençóis
Nem uso sérios formóis
Minha droga social
Pobreza
Nossa
Sua
Não importa quem esteja com a faca
Arma pronta para matar
É sim,
A arma social
Pronta para humilhar,
Nossos filhos palhaços de sinais
Será um sinal de esperança,
Ganhar uma merda de salário
Ou
Receber uma merda de gorjeta
Ou
Morrer numa merda de sarjeta;
Como se calar diante do que não quer?
Como se divertir diante do sangue
Sangue de todos nós
Sangue de todos os animais
Que revestem suas caras roupas,
Fashion?´
A cola que cobre o peito dos miseráveis,
É a mesma que gruda seus lençóis cor penumbra.
Da cor da não-vida
Desperdício
Vicio
Tudo muito parecido
Todo mundo
Carecido
De amor
Eu não sou mais seu brinquedo de sexo
Nem seu animal
Não sou seu amigo.


Plaz Mendes


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Beat IV


Ginsberg


Eu não sou seu brinquedo de estimação
Não sou seu judeu que vai para fornalha
Não sou seu negro espancado por carecas filhos da puta do abc
Que espécie de abcdário é esse.
Com A, escrevo amputar.
Com B de bater.
Com consentimento.
Diário.
Você bate em seus filhos que não são filhos da puta, mas da madre que puta, pois deixa que eles apanhem do pai aquele careca que não mora no abc, mas é um filho da puta por bater em seus filhos pequenos, quase brinquedos em suas mãos desgraçadas, sujas de sangue humano como seus governantes, sujas de sangue que aquele idiota cisma em chamar de sangue negro, dói ver essa tolice ainda nos dias de hoje e ver um jovem negro tendo o braço amputado por fascista, racistas, nazistas eu quero é mais que se foda; que a extrema excomunhão os alcance que o diabo os amanse que adianta tudo isso?
Que adianta falar para o vento e pedir para ele fazer a curva e repete teimosamente que não pode se não pode mudar seu próprio destino, não pode nada, você não pode nada como posso mudar meu destino cruel, não posso nada!
Posso escrever sem parar, posso e devo sem parar sem parar sobre seus malditos vícios de matar as pessoas, matar de fome, matar de esperança, matar de vergonha, matar e matar.
Amar que é bom acabou, mas se você quiser temos aqui um pouco de fome e pena, deve resolver seu caso ou se tiver paciência pode consultar nossos arquivos onde existe uma ótima rosa de Hiroshima para seu divertimento pessoal, quanto quer levar?
Eu não sou seu brinquedo de matar;
Eu não venero seu deus comercial das nove horas
Eu não vou perder minha esperança só por que sua pequena lança perfura meu coração todos os dias,
Todos os meses de ano,
Todos os intervalos de novela
Eu sou negro, sou judeu, sou gay, sou o que você não quer para seus filhos;
Sou mulher;
Sou árabe
Sou chinês;
Sou a porra toda na qual você quer jogar sua maldita bomba

Bomba atômica.

Bomba sentimental
Bomba que explode nos pobres
Jogando-os em qualquer esquina
Qualquer esgoto
Ou viaduto;
Enquanto estou com meus amigos num bar qualquer bebendo qualquer cerva com um mata rato na boca, estamos aqui, mas não pense que estamos indefesos contra sua ira social, estamos prontos para o que der e vier; não se esqueça disso, liberdade não se compra se conquista, estamos prontos e você esta?
Você está pronto para perder seu domínio?
 Está pronto para um mundo sem ilusões?
Estará?
Veremos como consegue reagir a isso
Ao terror de uma juventude insana
Presa em gaiolas por tempo de mais
Tempo demais;
Pronta para recuperar;
A vida;
A verdadeira vida


Plaz Mendes.