III
Eu sou seu amigo que não serve
para casar, nem namorar, muito menos enrabar;
Eu sou aquele que chorou
quando criança por causa da velha surda gramática;
Eu furei amigos com lápis
coloridos, para roubar-lhes suas merendas mais caras;
Eu arremesso bombinhas nos
fudidos que vejo pela janela do carro do meu antigo herói ou seria Doug, e
depois vamos filmar nossas festas caretas e fingir que estamos felizes por mais
uma dose de qualquer veneno barato;
Eu vejo crianças andando
sozinhas pelas praças de merda e penso se o estado alguma vez serviu pra alguma
coisa a não ser roubar dinheiro das mães que acabam largando suas crianças nas
praças de merda;
Eu tenho vários amigos, tenho
vários eus, tive varias namoradas e vários poemas e nunca consigo ganhar teu
respeito, assim você pensa, pois bem a verdade é: que tenho poucos amigos,
nunca tive um cu dado, e considero namorada apenas uma e uns contos e poemas
pessoais que editores dirão não se tratar de dinheiro ou salvação, como se
dinheiro fosse importante para um quase defunto ambulante ou tivesse mérito pra
falar da salvação de alguém;
Eu vendia salgados para a
massa que descia gritando framengo, esperando para encher suas barrigas com
qualquer promoção um real;
Eu lavava seus carros tipo
luxo, top importado cheio de cigarros holandeses e esperava uns trocados a mais
e recebia uns obrigados a menos;
Eu me olho no espelho, vejo
meu pouco cabelo descer do topo de minha cabeça e migrar feito diáspora para a
tosca barriga deformada de tantas cervas hardcores;
Eu sonho, meu sonho americano
de vida é ver o Martin Sheen na presidência;
Eu tenho todo tempo do mundo
desperdiçado com poesia, cerva, um bate papo com alguma mulher e depois estou
na facul e o silêncio demonstra toda falta de respeito por um bando de idiotas
ou um rebanho/defensores que dirão se tratar de um erro chamar alguém de
idiota, como se pudessem dizer que da minha boca só desfiro erros, dane-se seus
ouvidos reacionários, retrógrados, repetitivos, enfim realmente chatos!
Eu chamo e chamarei de chatos
todos vocês nem me importa suas reivindicações ou protesto, protesto é isso que
quero ver, protesto contra a fome, racismo, qualquer ismo sinônimo de
preconceito, qualquer pré-conceito, isso vamos, protestem!!
Eu saio para um novo bar com
novos amigos e percebo que tudo continua a mesma porra de sempre, talvez a
cerva tenha ficado mais cara porem as bocas continuam inúmeras pedindo comida
de frente ao nosso bar e as formigas trabalham tentando levar qualquer pedaço de
bacon para o lar e as putas trabalham para levar qualquer piru para sua quente e
profunda casa.Estava enganado; as coisas pioraram muito;
Eu saio com Gonzola para uma
vila qualquer para beber uma merda quente e uma vadia que preste num quente
quarto de motel o qual mais parece um banheiro, aquela fossa, enquanto a
piranha chupa a camisinha quase vazia, pois meu pau não trabalha desse jeito.
Com relógio atrás de meus ombros dizendo cinco dez quinze vinte minutos. Baby
se quiser bato uma punheta para você e Gonzola sai feliz, pois ate o cu dela
ele comeu, na verdade um tremendo hole nas suas palavras que me fazem rir
diante do meu fracasso sexual e voltamos para casa. Dormir um pouco e trabalhar
quem sabe um dia;
Plaz Mendes
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