quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Arte Bruta






Dívidas que geram dúvidas que geram dívidas
Num ciclo impagável.
Ore, reze, compre...

Ligue a televisão
Despugle seu coração.
Ore, reze, compre...

Não ter é não ser
Ser é possuir
Possuir é viver
Ore, reze, compre...

Dilúvios que geram lixo que geram dilúvios
Num ciclo impecável
Ore, reze, compre...

Desgraçados que geram desgraças que geram desgraças
Num circo cheio de lágrimas.
Ore, reze, compre...




Autor: Thiago Mendes



sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Gonzalo Martinez







Quando meus amigos chegaram ao bar ficaram um pouco chocados talvez por causa da tequila, mas com certeza devido ao tapa-olho esquerdo que usava. O Poeta e o Crítico de cinema se entreolharam com cara de susto, que decide com um brinde aos velhos tempos cortar logo.








Os dois surpresos queriam saber todas as novidades da minha recente viagem a X no ano passado. Depois de um shot para acalmar os ânimos resolvi contar-lhes a aventura que tive, porém o personagem principal não estava naquela mesa e sim estático como bronze na cidade onde estive. Vou-lhes narrar a incrível história de Gonzalo Martinez....


Continua.





Aviso : Os personagens e a história em si são uma obra de ficção e quaisquer coincidências são mero acaso. A realidade continua sendo bem mais crua.


Autor: Thiago Mendes

Imagens Free: Morgue File



quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Tradição



Templo





" O velho que existe em nós
Prende-nos
em objetivos loucos
em desejos roucos.
Loucos por não sentirem a felicidade simples do dia
Roucos por gritarem incessantemente  na vida.
A espada que mata o inimigo
fere a mão do amigo.
O velho sai aos campos em busca de uma nova guerra
e descobre que luta contra miragens
contra sinais.
O véu que nos impede de ver
Aquilo pelo que nosso coração pulsa
Aquilo pelo que as crianças pulam
O velho nó
Desfaz-se em pó
O novo sorri  em nós.”





Thiago Mendes


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Viver de Luz !





            Quando ouvi falar pela primeira vez achei a coisa mais absurda do mundo, bem ao menos foi o que pensei. Cheguei a ver por duas vezes personagens de filmes com essa característica, contudo nada na vida real. Ao esbarrar nesse documentário a sensação de curiosidade foi maior do que a certeza de uma verdade. É com esse pensamento que devemos ver o Am Anfang War Das Light.







           O filme nos mostra através de várias facetas a incrível experiência de pessoas que afirmam se alimentar de sol, ou seja, não ingerir nada sólido. Em alguns casos nem mesmo líquidos. Sob a perspectiva de mostrar os dois lados da moeda o documentário detalha a vida de pessoas que praticam esse método e também escuta médicos e cientistas que discordam ou negam essa possibilidade, incluindo casos de pessoas que morreram ao tentar essa ação.

      Um dos destaques do filme fica por conta da incrível viagem pelo mundo que o diretor realiza para nos dar diferentes visões deste ato. Entre pessoas comuns, iogues indianos até mestres de kung fu. Todos com uma história de vida que inclui essa realização chamada de várias formas como: alimentação prânica ou Bigu






   Outro adendo que curti neste documentário foi o fato de mostrar um pouco sobre a física quântica e unir esses dois elementos.

Deixo que cada um respire sua própria conclusão.


Torrent e legendas por aqui: Am Anfang War Das Light





Thiago Mendes


Sois Gratos !

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Isto é o que tu és !












Isto é o que tu és

Simples e complexo
Não seja um amontoado de opiniões alheias
Você não esta alheio ao mundo
Você é o mundo
O seu mundo
Isto é o que tu és
Para hoje e para sempre?
O eterno retorno
Mudanças
Mude o seu jeito se assim é o seu desejo
Mas não viva pelos desejos dos outros
Aprenda que a batalha de sua própria vida
É o que define você
Isto é o que tu és
Mudanças
Aqueles que te amam te amam por ser quem tu és
Se existe resistência a mudança
Então eles projetam em você aquilo que eles desejam
Não reflita imagens
Crie imagens
Isto é o que tu és
Você não é a sua televisão
Você não é seu celular
Você não é seu carro
Você não é seu emprego


Isto é o que tu és.




Texto & foto : Thiago Mendes

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Olhos de caçadora











Os olhos dela sabem o que querem:

Ela é uma caçadora.

Em busca da felicidade.

E quem não estaria nesse mundo?



Os olhos dela tem a profundidade de uma felina

Livre, vibrante e esperta.

Musa

MudraSavra

Pequena tirana

Deusa.

Vivamos no presente

No agora

Onde nossos sonhos sejam

Nossa realidade.

Amo-te

Minha companheira

Amiga

Amante

Esposa.

Que nossos olhos continuem a ver a magia da vida.


Thiago Mendes





sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Diário de Bordo do Plaz # 3








          Durante a viagem a Visconde de Mauá debati com Mandy a questão do todo e as partes, ora bolas andei lendo Capra e fixei na mente a ideia de que o todo é mais importante do que as partes. Partimos para Santina, terra encantada, frio daqueles que faz todo mundo se esconder nas roupas.

Passeamos em meio a uma quantidade enorme de pássaros, alguns mais coloridos outros capazes de cagar na sua cabeça desatenta. Cachorros também existiam aos montes uivando em meio à beleza das montanhas que nos cercavam.


O progresso político naqueles dias havia asfaltado partes da cidade e cada morador com seu bom dia particular possuía seu candidato colado em seu coração.


Subidas morro acima e mais montes por cima poderia deixar qualquer pulmão mais penoso, mas não o nosso que subindo rindo e descobrindo a beleza incrível das montanhas sagradas.


Não acendemos a lareira pra falar a verdade, mas queimamos outras coisas e despistamos a loucura da cidade grande por aqueles dias.


O tempo escondia o sol sob as nuvens enquanto meditávamos sobre as cachoeiras. Os mochileiros esqueceram uma das regras básicas: a toalha.
Mais sorte para a próxima vez.


A noite um caleidoscópio de luzes capazes de uma invasão alien. Mundos paralelos, espelhos nas paredes e degustação de cervejas foram feitas. O vinho jaz esquecido junto com a lareira.


Os deuses das cachoeiras novamente brincavam comigo e logo subitamente uma sensação percorria todo meu corpo, podia ser também as trutas abençoadas ou a bomba inatômica, porem deixo a dúvida para vocês caros leitores. Mandy rapidamente pegou Sartre e recitou o seu conteúdo me salvando de quaisquer infortúnios.


A partida é sempre uma sensação de deixar algo de nós pelo lugar, mas viajar é sentir. Tivemos contratempos com conduções loucas capazes de nos fazer beber para esquecer e durante esse meio tempo um cozinheiro que me lembrou de Gonzola, nos dava vivas dicas de Visconde e seus anexos.


Aquecidos pela bela companhia partimos rumo ao nosso mundo sem esquecer o canto das águas e toda sua verdade – Capra está certo – o todo é mais importante do que as partes.







Plaz Mendes