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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Peregrino




“Essas pessoas — assim como o resto de nós — devem estar conscientes
de que, enquanto durar a peregrinação, as condições de viagem
tenderão a permanecer muto semelhantes às atuais: caracterizadas
pela incurável fragilidade das posições sociais e fontes de
subsistência, pela sensibilidade irritadiça dos vínculos inter-humanos,
pela mutabilidade camaleônica dos valores ambicionados e dos assuntos
recomendados pela opinião pública como dignos de atenção e esforço.
Como se tudo em volta conspirasse para tornar difícil e desconcertante
a vida dos devotados peregrinos, e para puni-los por sua
obstinação e lealdade à decisão um dia tomada.”

Arte da Vida — Zygmunt Bauman

https://morguefile.com/search/morguefile/5/road/pop


Às vezes nos sentimos conectados ao mundo.
Um sentimento de verdade. 
nada de razão, 
mas sentimentos.
Fitando às arvores e as pessoas.
Passeando numa avenida,
quase iluminada!
Sublime experiência da vida;
que te sopra como um vento de mudança.
As coincidências. 
Os encaixes.
As risadas.
As vezes somos como peregrinos largados nesse campo de batalha.
Divididos entre a alegria do ser
e a tristeza do perecer.
Despojos famintos fantasmas pesadelos.
O estranhamento daquele olhar pela janela.




E ainda assim. “Às vezes” Caminhamos. Despertos por minutos em busca de nossa pérola.


Thiago Mendes

terça-feira, 29 de março de 2016

Despertar de uma nova consciência






Li recentemente esse livro do autor Eckhart Tolle e para quem gosta de assuntos relacionados a ego, consciência, espiritualidade e misticismo recomendo esse livro. No final tem link para baixa-lo.

As palavras, não importa se são verbalizadas e transformadas em sons ou se permanecem como pensamentos, podem lançar um encanto quase
hipnótico sobre nós. É muito fácil nos perdermos por causa delas, sermos hipnotizados pela crença implícita de que, quando vinculamos um termo a alguma coisa, sabemos o que ela é. Mas, na verdade, não sabemos. Apenas encobrimos o mistério com um rótulo. Tudo - um pássaro, uma árvore, uma simples pedra e, certamente, um ser humano - é, em última análise, incognoscível. Isso ocorre porque todas as coisas têm uma profundidade insondável. Tudo o que podemos perceber, sentir e pensar a respeito é a camada superficial da realidade, menos do que a ponta do iceberg.(pag 23)


O filósofo do século XVII René Descartes, considerado o fundador da filosofia moderna, deu expressão a esse erro fundamental com sua máxima (que considerou a verdade básica): "Penso, logo existo." Essa foi a resposta que ele encontrou para a pergunta: "Há alguma coisa que eu possa saber com certeza absoluta?" Descartes compreendeu que o fato de estar sempre pensando estava além da dúvida, assim igualou o pensamento ao Ser, isto é: a identidade - o "eu sou" - ao pensamento. Em vez da verdade suprema, ele havia detectado a origem do ego, mas não sabia disso.Passaram-se quase 300 anos antes que outro renomado filósofo francês visse algo naquela afirmação que Descartes, assim como todo mundo, não havia percebido. Seu nome era Jean-Paul Sartre. Ele refletiu muito sobre a afirmação de Descartes "Penso, logo existo" e, de repente, compreendeu algo. Em suas próprias palavras: "A consciência que afirma 'eu sou' não é a consciência que pensa."(pag41)

Ninguém tem o número exato porque não foram mantidos registros, mas acredita-se que ao longo de 300 anos entre 3 e 5 milhões de mulheres foram torturadas e mortas pela "Santa Inquisição", uma instituição fundada pela Igreja Católica Romana para reprimir a heresia. Esse acontecimento se equipara ao Holocausto como um dos capítulos mais sombrios da história da humanidade. Bastava uma mulher mostrar amor pelos animais, caminhar sozinha nos campos ou nas florestas ou colher plantas medicinais para ser considerada bruxa, torturada e condenada a morrer na fogueira. O sagrado feminino foi declarado demoníaco e toda uma dimensão desapareceu significativamente da experiência humana. Outras culturas e religiões, como o judaísmo, o islamismo e até mesmo o budismo, também reprimiram a dimensão feminina, embora de uma maneira menos violenta. O papel das mulheres foi reduzido a cuidar dos filhos e da propriedade masculina. Os homens, que negavam o feminino até dentro de si mesmos, agora comandavam o mundo, um mundo que estava em total desequilíbrio. O resto é história, ou melhor, o histórico de um caso de insanidade.(pag103)

Link para baixar o livro: Despertar de uma nova consciência